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Não imagina o que sentar-se contra uma parede todos os dias pode fazer por si

Novo estudo trouxe conclusões surpreendentes sobre os agachamentos de parede

14 fev, 10:06
Agachamentos de parede, conhecidos em inglês por wall sits
Agachamentos de parede, conhecidos em inglês por wall sits

Ter uma rotina de treino de agachamento de parede pode trazer mais benefícios na redução da pressão arterial do que exercícios aeróbicos e cardiovasculares. As conclusões constam de um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine, conduzido por ruma equipa de investigadores liderada por Jamie J. Edwards.

O treino cardiovascular, como a corrida, natação e ciclismo, tem sido tradicionalmente recomendado como o mais eficaz a reduzir a pressão arterial. No entanto, de acordo com esta investigação, o simples exercício de agachamento de parede pode ser ainda mais eficaz.

Os investigadores analisaram 270 estudos desde 1990 até fevereiro de 2023 e descobriram que os exercícios de parede proporcionavam mais benefícios na redução da pressão arterial do que outros tipos de exercício, incluindo treino de força, treino intervalado de alta intensidade (HIIT) e caminhada.

Os exercícios de sentar contra uma parede (também chamados de agachamentos de parede) são um tipo de exercício isométrico, de baixo impacto, que envolve contrair os músculos por um curto período sem se mexer. "Globalmente, o treino de exercícios isométricos é o modo mais eficaz na redução da pressão arterial sistólica e diastólica", afirmaram os autores no artigo.

Uma grande vantagem desses exercícios é que podem ser feitos em quase qualquer lugar e não requerem equipamento (ver vídeo abaixo). Além disso, consomem muito pouco tempo.

Jamie Edwards, o autor principal do estudo, recomenda fazer agachamentos de parede por dois minutos, seguidos por dois minutos de descanso, numa série de quatro repetições, totalizando 14 minutos. O investigador recomenda realizar esta rotina quatro vezes por semana e sublinha a importância de não suster a respiração durante o treino.

Na Europa estima-se que a hipertensão arterial afete cerca de 35-40% da população, e em Portugal a prevalência de hipertensão arterial na população adulta estará nos 42,6%, de acordo como informação oficial do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A hipertensão arterial (HTA) caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias, acima dos valores considerados normais, que ocorre de forma crónica. Define-se hipertensão arterial quando a pressão máxima é maior ou igual a 140 mmHg (vulgo 14), ou a pressão mínima é maior ou igual a 90 mmHg (vulgo 9).

A doença silenciosa que mata sem dar sinal

É habitual dizer-se que a hipertensão arterial é uma doença silenciosa porque na grande maioria das vezes não causa sintomas. No entanto, com o decorrer dos anos, a pressão arterial excessiva acaba por danificar precocemente os vasos sanguíneos e os principais órgãos do organismo, como o cérebro, o rim e o coração, refere o SNS.

Estes são os sinais a estar atento:

  • dores de cabeça
  • tonturas
  • zumbidos
  • aumento dos batimentos cardíacos
  • dor no peito
  • falta de ar
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