A nossa alimentação é a base da nossa saúde. O que comemos não influencia só o peso ou os níveis de energia, como também o funcionamento do nosso organismo e a nossa imunidade. E se pensa que é só o que come que faz diferença, vários estudos parecem indicar que a forma como comemos também tem impacto.
Numa entrevista ao site La Voz de Galicia, Ascensión Marcos, farmacêutica, investigadora e diretora do grupo de investigação de imunonutrição no Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos e Nutrição, falou sobre a ligação entre a alimentação e o sistema imunitário.
Antes de mais, vamos esclarecer o que é a imunonutrição. O termo está relacionado com a capacidade que determinados alimentos e nutrientes têm de melhorar o sistema imunitário. A ideia não é simplesmente dar os nutrientes em falta, mas perceber como a falta destes no dia a dia pode afetar o organismo.
Mas não é só o que comemos que faz diferença. De acordo com a especialista, entrevistada pela La Voz de Galicia, o nosso comportamento alimentar tem também influencia e isto passa pelas horas a que comemos ou quanto tempo ficamos sem ingerir nada.
Dando o exemplo da dieta mediterrânica, a especialista salienta que normalmente as pessoas comem com companhia, saboreando mais os alimentos e demorando mais tempo a terminar a refeição e que isto faz diferença para o organismo.
A temperatura da comida também parece fazer diferente. “Constatou-se que quando se come sem cozinhar, durante uma determinada época, ou se ingere refeições frias, o stress aumenta. Com o aumento do stress, sobre o cortisol e este é o primeiro imunossupressor. O aumento no cortisol faz com que o sistema imunitário não funcione”, explica a especialista.
Outra questão abordada pela especialista é as horas a que se come. Em relação ao pequeno-almoço, Ascensión Marcos acha importante comer logo de manhã e demorar entre 15 a 20 minutos a fazê-lo. Os jantares também não devem ser pesados e devem ser feitos pelo menos duas horas ant4es de ir para a cama.