Muitas pessoas ainda acreditam que cada ano de vida de um cão equivale a sete anos humanos, mas essa ideia está completamente desatualizada.
O médico veterinário Marcelo Müller, conhecido no Instagram como @marcelomullervet, partilhou nas redes sociais que um estudo recente da Universidade da Califórnia em San Diego revelou que o envelhecimento canino não segue uma linha reta. Pelo contrário, os cães envelhecem muito rapidamente nos primeiros anos de vida, e depois o ritmo diminui, o que torna a velha regra dos “sete anos” um mito.
A investigação baseou-se nas metilações do DNA, alterações químicas que funcionam como um verdadeiro “relógio epigenético”, indicando a idade biológica real do animal.
Os resultados são surpreendentes: um cão de apenas 1 ano pode ter cerca de 30 anos humanos, enquanto um de 2 anos já equivale a aproximadamente 40 anos, e um cão de 4 anos teria cerca de 52 anos humanos. Para além disso, a equivalência da idade é complexa e varia também de acordo com o porte do cão, com raças pequenas e grandes a envelhecerem de formas diferentes.
Saber a idade biológica do seu companheiro de quatro patas é essencial para garantir os cuidados adequados em cada fase da vida. Alimentação, exames preventivos e a intensidade de exercícios e brincadeiras devem ser ajustados à idade real do animal.
Apesar de o ritmo de envelhecimento ser diferente do nosso, os cientistas relembram que o cão não vive menos, apenas vive de forma diferente, e conhecer a sua verdadeira idade ajuda a aproveitar melhor cada momento ao lado dele.
O médico veterinário Marcelo Muller, especialista em comportamento e saúde animal, reforça que calcular corretamente a idade do cão é fundamental para cuidar dele da melhor forma possível.