A Polícia de Segurança Pública (PSP) fez um alerta sobre os problemas que podem surgir no processo de reserva de uma casa ou apartamento de curta duração. Trata-se de um crime de burla que, não sendo novo, tem vindo a aumentar.
“No universo de fraudes informáticas, as burlas em plataformas de alojamento online tornaram-se um problema crescente”, começa por alertar a polícia numa publicação da sua página de Instagram. A PSP refere-se a um esquema fraudulento que leva as vítimas a pagar antecipadamente por casas que não existem ou que estão ocupadas.
Estes esquemas ocorrem frequentemente através de anúncios online e classificados de jornais, oferecendo alojamentos bonitos e com prços muito convidativos, sendo usadas muitas vezes imagens e moradas reais, explica a polícia.
“Os burlões estabelecem contacto por e-mail ou telefone, negociam o pagamento e instruem as vítimas a transferir dinheiro, seja via transferência bancária, cheque ou envio de numerário. No final, a vítima perde o montante enviado e nunca tem acesso ao imóvel prometido” relata a PSP.
Nos últimos três anos, a PSP registou 4.267 crimes de burla por falso arrendamento de bens imóveis. No ano de 2024, constata-se que o número de ocorrências é superior ao ano de 2022, contudo, ligeiramente inferior ao ano anterior, de 2023, com um total de 1.511 ocorrências participadas (-31).
Ao observar os números do primeiro trimestre de 2025 e comparar os mesmos com o período homólogo de 2024, é possível constatar um aumento de cerca de 25%, o que, em valores absolutos, corresponde a mais 77 denúncias registadas.