Dadas como desaparecidas quando eram apenas bebés, Jasmin e Elizabeth Ramos foram agora encontradas vivas, 36 anos depois, na Califórnia, Estados Unidos.
De acordo com o NBC News, as duas irmãs estavam a viver sob novos nomes atribuídos pelos pais adotivos que as criaram no condado de Ventura, sem nunca terem tido conhecimento de que estavam dadas como desaparecidas. A descoberta foi possível graças a testes de ADN familiar realizados pelas autoridades do Arizona.
O caso remonta a dezembro de 1989, quando as duas bebés, então com dois e 14 meses, foram encontradas abandonadas numa casa de banho de um parque em Oxnard, Califórnia. Dias antes, a mãe, Marina Ramos, tinha sido assassinada com várias facadas no condado de Mohave, Arizona.
“Uma testemunha ouviu crianças a chorar na casa de banho das senhoras. Pediu a uma mulher que verificasse e esta encontrou as meninas deitadas no chão molhado, sem nenhum adulto por perto”, relatou o gabinete do xerife do condado de Mohave.
Na altura, as autoridades não fizeram a ligação entre as bebés e a mulher morta. As meninas acabaram por ser adotadas por um casal em Ventura County, que as criou juntas “num lar amoroso”.
O caso foi reaberto em 2019 pela Unidade de Investigações Especiais do xerife, criada para dar nova vida a casos arquivados. Em 2022, as impressões digitais de Marina Ramos foram finalmente identificadas, depois de se confirmar que a mulher usava o nome falso de Maria Ortiz.
Foi então confirmado que tinha duas filhas desaparecidas. Através de uma amostra de ADN fornecida por familiares, os investigadores localizaram uma das irmãs, que confirmou terem sido abandonadas em 1989. A outra irmão tinha até hoje recortes de jornais sobre o caso.
Apesar da descoberta das irmãs, um ponto crucial continua por resolver: quem matou Marina Ramos?
“A procura pelos suspeitos envolvidos no homicídio de Marina Ramos continua”, garantiu o gabinete do xerife de Mohave.
Uma testemunha afirmou ter visto Marina com dois homens e as duas meninas no parque onde foram abandonadas, na companhia de uma pequena carrinha preta. As autoridades esperam que esta pista possa levar até ao assassino, 36 anos depois.