Se está a pensar comprar casa e precisa de financiamento, saiba que há várias taxas associadas ao crédito habitação que deve conhecer, uma vez que influenciam significativamente o custo total do seu empréstimo. Neste artigo, fique a conhecer o que é o spread, a TAEG e a taxa variável, fixa e mista, e de que forma podem impactar a prestação mensal do seu crédito.
Spread
O spread é uma taxa de juro aplicada pelos bancos aos contratos de crédito e que representa, na prática, a margem de lucro da entidade bancária naquele empréstimo em específico. Esta é uma taxa fixa e que fica acordada com o banco no momento da contratação do crédito.
O valor do spread representa, em grande medida, o nível de risco do financiamento, variando assim em função do perfil do cliente, características do financiamento e garantias do empréstimo. Isto é, quanto mais riscos representar aquele crédito para o banco, maior será o spread aplicado ao contrato.
Além do nível de risco, o spread é ainda ditado por outras condições que pode acordar com a instituição bancária. Por exemplo, caso aceite domiciliar o ordenado, subscrever os seguros obrigatórios (de vida e multirriscos) com a seguradora associada ao banco, ou contratar cartões de crédito, pode conseguir uma bonificação no spread. Contudo, caso altere alguma destas condições, também pode sofrer uma penalização na taxa.
Tenha em consideração, porém, que nem sempre o crédito com o spread mais baixo é o mais barato, ou que quanto mais alto for o spread, maior vai ser a prestação mensal do crédito. Existem outras taxas que influenciam significativamente o custo do crédito.
TAEG
A Taxa Anual Efetiva Global (TAEG) representa o custo total que o crédito vai ter, contando com encargos da contratação de outros produtos e serviços.
A TAEG inclui o cálculo dos seguintes encargos: juros, comissões, despesas com impostos e registo de hipoteca, seguros exigidos, comissão de manutenção da conta à ordem e outros associados ao crédito.
Taxa variável, taxa fixa e taxa mista
Além do spread, a modalidade de taxa de juro (taxa variável, taxa fixa ou taxa mista) que vai escolher na altura da contratação do seu crédito, é determinante para o valor da prestação mensal e para o custo total do empréstimo
Ao optar por uma taxa variável, está a escolher que a taxa de juro do seu empréstimo varie consoante a evolução do indexante que é, na maioria dos casos, a Euribor (a 3, 6 ou 12 meses). Com uma taxa variável consegue, à partida, uma solução mais barata, mas está sempre dependente das flutuações da Euribor, cujo prazo ditará o ritmo de atualização da sua prestação ao banco. Ou seja, se optar pela Euribor a 6 meses, por exemplo, o valor da sua prestação mensal é revisto a cada seis meses.
Já com uma taxa fixa, apesar de poder pagar mais num momento inicial, não corre o risco de a sua prestação mensal subir. Uma vez que o valor da taxa, neste caso, se mantém igual do início ao fim do contrato.
Com uma taxa mista, tem acesso, num primeiro período (pode decidir entre 5, 10 ou 15 anos), a uma taxa fixa e, depois desse prazo, a uma taxa variável indexada à Euribor.