Facebook Instagram

Crédito de troca de casa ou crédito de sinal: Quais as diferenças?

Está a pensar mudar de habitação e não sabe se deve recorrer a um crédito de troca de casa ou crédito de sinal? Descubra as diferenças, vantagens e riscos de cada solução.

Doutor Finanças
18 set, 09:14
Dinheiro
Dinheiro
Fonte: freepicl

O crédito de troca de casa e o crédito de sinal são soluções ainda pouco conhecidas no mercado português. Mas podem ser decisivas para quem precisa de comprar um imóvel antes de vender o atual ou para quem quer reservar uma casa ainda em construção.

Apesar de ambos servirem para dar o primeiro passo no processo de aquisição, têm características muito diferentes. Entender como funcionam pode evitar erros caros e compromissos arriscados.

Crédito de troca de casa: Liberdade para comprar antes de vender

Este tipo de financiamento permite avançar com a compra de uma nova habitação sem esperar pela venda da anterior. O banco concede um segundo crédito, ficando as duas casas hipotecadas temporariamente.

A grande vantagem é a liberdade: pode escolher a nova casa com calma e negociar melhor a venda da atual. Os spreads são competitivos e pode beneficiar de carência de capital. No entanto, é uma solução restrita a alguns bancos e apenas para clientes com histórico positivo. Durante alguns meses terá dois empréstimos ativos, o que aumenta a taxa de esforço.

Crédito de sinal: A chave para reservar casa em construção

Já o crédito de sinal, também chamado crédito intercalar, é usado quando o imóvel ainda está em construção ou quando precisa de dar a entrada para fechar o negócio. Não exige hipoteca imediata, mas tem taxas de juro mais elevadas, já que o banco assume maior risco.

O valor financiado costuma ir até 25% do preço do imóvel. Durante o período contratual, paga apenas juros, que mais tarde se integram no crédito habitação definitivo. É uma forma de garantir a compra da casa desejada, mesmo sem ter disponível todo o valor do sinal.

Critérios de acesso: O que cada banco exige

As condições variam, mas há regras comuns. No crédito de troca de casa, o cliente deve já ter ou ter liquidado recentemente um empréstimo com o banco. É também obrigatória a avaliação do imóvel, além de cumprir a taxa de esforço máxima de 50%.

No crédito de sinal, é necessário apresentar o CPCV ou documentos relativos à construção. A estabilidade profissional e financeira é um ponto-chave, uma vez que terá de suportar os juros durante o prazo intercalar, além do futuro crédito habitação.

Vantagens e riscos a considerar

O crédito de troca de casa dá margem de manobra ao comprador. Permite avançar sem pressa, negociar melhor e amortizar sem penalizações, desde que cumpra os prazos. Mas implica ter dois créditos em simultâneo, algo que pode pesar no orçamento familiar.

O crédito de sinal ajuda a não perder uma oportunidade num imóvel novo. Funciona como uma ponte até ao crédito definitivo. Contudo, os juros mais altos e o risco de atrasos na obra podem tornar o processo mais caro do que o previsto.

Qual o crédito que deve escolher?

A decisão entre crédito de troca de casa ou crédito de sinal depende sobretudo da situação do comprador. Quem já tem uma casa para vender pode beneficiar da flexibilidade da primeira solução. Já quem quer reservar um imóvel em construção encontra no crédito de sinal a melhor alternativa.

Antes de assinar, é essencial simular cenários, avaliar a taxa de esforço e ponderar custos adicionais. Com informação clara e aconselhamento especializado, é possível dar o passo certo para a nova habitação sem comprometer a estabilidade financeira.

 

 

RELACIONADOS
Mais Lidas