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Mãe com depressão pós-parto afogou a filha de dois anos. Foi condenada a quatro anos de prisão

Esta mãe foi condenada a quatro anos de prisão por ter afogado a filha de dois anos, num ato cometido enquanto sofria de uma grave depressão pós-parto

IOL
7 out, 15:33

Uma mulher de 42 anos foi condenada a quatro anos de prisão no Reino Unido por ter afogado a filha de dois anos num lago, depois de sofrer de uma grave depressão pós-parto. O caso, que abalou a comunidade de Hampshire, foi agora julgado no Tribunal de Winchester, onde a sentença foi proferida esta segunda-feira.

De acordo com o jornal BBC, a mãe, Alice Mackey, levou a filha Annabel até ao lago Kingsley, em setembro de 2023, onde a afogou, acreditando, num estado mental delirante, que a estava a “poupar ao sofrimento”. No tribunal, a mulher admitiu o crime de homicídio por responsabilidade diminuída, tendo o juiz considerado que o seu discernimento estava profundamente afetado pela doença mental.

O tribunal ouviu que a mãe já tinha sofrido vários abortos espontâneos e gravidezes ectópicas antes de conseguir engravidar de Annabel. Após o parto, foi diagnosticada com depressão e ansiedade pós-parto, tendo sido medicada com antidepressivos e antipsicóticos. Contudo, em janeiro de 2023, deixou de tomar a medicação sem avisar ninguém, e o seu estado piorou rapidamente nas semanas que antecederam a tragédia.

Depois do crime, a mulher ligou para os serviços de emergência, inicialmente alegando que a filha tinha desaparecido, antes de admitir tê-la encontrado no lago. A criança ainda foi levada para o hospital, mas acabou por morrer no dia seguinte.

O pai da criança, Peter Mackey, deixou um testemunho comovente em tribunal: “Estou profundamente traumatizado ao pensar no que a minha filha passou. Sinto uma culpa constante por não ter estado lá para a proteger.”

Na defesa, o advogado de Mackey afirmou que a mulher “está profundamente arrependida” e que “daria tudo para que Annabel ainda estivesse viva”. O juiz, Mr. Justice Saini, sublinhou que a arguida acreditava, num estado delirante, que a filha “estava melhor morta” do que sob os cuidados de uma “má mãe”.

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