Um estudo recente, conduzido pela Escola Friedman de Ciência e Política Nutricional da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, concluiu que a ingestão diária de pistácios pode melhorar significativamente a saúde ocular, especialmente em relação à densidade óptica do pigmento macular. A investigação introduziu 56 gramas de pistácios sem sal e tostados a seco na dieta dos participantes ao longo de 12 semanas, como explica o Medical News Today.
A densidade óptica do pigmento macular (MPOD), um marcador da saúde da mácula – área central da retina responsável pela visão central e de detalhes – melhorou significativamente entre os participantes. A mácula é essencial para a visão central e para capturar detalhes visuais finos, como traços faciais e texto escrito, sendo, assim, crucial para a qualidade da visão.
A degeneração macular, uma das principais causas de perda de visão, especialmente em pessoas com mais de 60 anos, pode ser atenuada pela presença do pigmento luteína, presente em grandes quantidades nos pistácios. Este pigmento vegetal bioativo ajuda a proteger a mácula dos danos causados pela luz azul, e o estudo demonstrou que os níveis de luteína nos participantes aumentaram após seis semanas e duplicaram até ao fim do estudo.
O consumo de pistácios pode ser particularmente benéfico pela combinação de luteína e gorduras saudáveis presentes nos frutos secos, que facilitam a absorção do pigmento. Especialistas sugerem ainda que a luteína é um antioxidante solúvel em gordura, com propriedades anti-inflamatórias, capaz de reduzir o stress oxidativo, beneficiando a saúde dos olhos, da pele, do cérebro e do coração.
Segundo o estudo, financiado pela American Pistacio Growers e pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, para obter os benefícios dos pistácios, basta uma dose diária de 50 a 60 pistácios (cerca de 320 calorias). Esta investigação foi publicada na revista científica The Journal of Nutrition.