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Induzir alterações na flora intestinal pode alterar tanto a fisiologia muscular quanto o comportamento cognitivo de pessoas com mais de 60 anos, conclui um estudo King’s College, do Reino Unido, publicado na revista Nature.
O ensaio clínico, abordado num artigo científico publicado no final de fevereiro, foi realizado com 36 pares de gémeos, num total de 72 pessoas, com idades superiores a 60 anos. Divididos em dois grupos, as pessoas de um dos blocos tomaram diariamente uma medicação de placebo e o as restantes tomaram um suplemento prebiótico (fibras) todos os dias, durante 12 semanas.
Os prebióticos são fibras que alimentam as bactérias vivas e benéficas que vivem na flora intestinal, promovendo o seu crescimento e atividade. Estes prebióticos encontram-se em alimentos como os cereais integrais, a maçã, os frutos secos ou leguminosas. Mas podem também ser ingeridos em suplementos. Neste estudo a quantidade utilizada foi 7,5 gramas diárias.
O estudo concluiu que o prebiótico melhorou a cognição dos indivíduos em comparação com o placebo. “Os nossos resultados indicam que intervenções no microbioma intestinal, acessíveis e de baixo custo, podem melhorar a cognição na nossa população idosa”, pode ler-se no artigo.
Em apenas 12 semanas, os participantes que receberam os suplementos de fibra tiveram, por exemplo, um melhor desempenho em testes que avaliam a função cerebral, incluindo um teste frequentemente utilizado para diagnosticar o início da doença de Alzheimer.
O mesmo estudo refere que não foram observadas diferenças significativas no peso, no índice de massa corporal ou nos hábitos intestinais entre os grupos.