Organizar uma despedida de solteiro ou solteira pode ser quase tão entusiasmante como desafiante. A ideia é celebrar o fim de uma etapa e brindar ao início de outra, mas rapidamente surgem questões práticas: quanto vai custar, quem paga o quê e até onde deve ir a festa?
Atualmente existe um vasto leque de opções. Uns preferem programas de aventura que incluem descidas radicais, paintball ou caça ao tesouro. Outros optam por passeios de barco com direito a música, bebidas e até animadores. Se o orçamento for mais elevado, há grupos que viajam para fora do país durante um fim de semana, ou até uma semana, consoante a disponibilidade financeira de todos. Também há quem prefira experiências mais tranquilas, como dias de spa ou aulas de surf privadas. Na prática, as despedidas de solteiro tendem a ser vividas como uma “festa a tempo inteiro”, o que significa que convém ser realista.
Os preços refletem essa diversidade. Um programa simples de meio dia pode rondar os 30 a 35 euros por pessoa, enquanto uma experiência mais completa, com atividades e refeições incluídas, pode chegar aos 55 euros. Para quem quer viajar para fora, o orçamento é naturalmente mais elevado e depende sempre do destino escolhido, mas o valor médio, com tudo incluído (voos, estadia, jantares, etc) ronda os 500 euros por pessoa — podendo ser mais baixo ou mais alto, consoante as opções.
Em Portugal, os passeios de barco variam entre 28 e 40 euros por pessoa, mas podem ultrapassar os 400 euros se o grupo optar por alugar a embarcação inteira para uma festa privada.
Mas nem tudo é uma questão de preço. Há também o lado das expectativas. Muitos noivos e noivas sonham com despedidas memoráveis, inspiradas em filmes ou nas redes sociais, mas a realidade financeira dos amigos nem sempre acompanha esse imaginário. É aqui que a pressão social entra em jogo: poucos querem ser “os chatos” que dizem que não podem pagar, mas a verdade é que nem sempre todos conseguem alinhar em programas dispendiosos.
Para evitar constrangimentos, o segredo passa por definir logo de início um orçamento realista, conversado entre todos. Quanto mais transparente for a organização, menor a probabilidade de alguém se sentir forçado a gastar acima das suas possibilidades. Outra dica prática é procurar alternativas criativas, mas acessíveis: uma atividade divertida durante o dia e um jantar caseiro, por exemplo, pode ser tão inesquecível como uma viagem cara.
Também os limites do próprio evento devem ser considerados. Surpresas e brincadeiras são parte da tradição, mas convém respeitar o perfil de cada noivo ou noiva e evitar exageros que possam causar desconforto.
No fim de contas, mais do que o valor gasto, é o ambiente e a partilha que ficam na memória. Uma despedida de solteiro não precisa de ser um rombo na carteira para ser especial; precisa, sim, de ser autêntica, equilibrada e pensada para o grupo que a vive.