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Barómetro: portugueses poupam pouco e não falam sobre dinheiro

Quase metade dos portugueses não consegue poupar regularmente e um terço não fala sobre dinheiro em família. Estes são alguns dos dados do 1.º Barómetro de Hábitos Financeiros Doutor Finanças, em parceria com a Universidade Católica

Doutor Finanças
15 mai, 16:10
Dinheiro
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Poupança, investimento, gestão bancária, créditos e a relação financeira entre pais e filhos foram os principais temas analisados pelo 1.º Barómetro Doutor Finanças Hábitos Financeiros, um estudo desenvolvido em parceria com a Universidade Católica Portuguesa.

O objetivo foi traçar um retrato do comportamento financeiro dos portugueses — desde a forma como gerem o dia a dia das suas finanças pessoais até às decisões que tomam para o futuro. Conheça algumas das principais conclusões do barómetro.

Falar de dinheiro ainda é tabu

O estudo mostra que falar de dinheiro em família continua a ser pouco habitual: cerca de 35% dos inquiridos admitem que o tema está ausente ou é pouco abordado em casa.

Contas bancárias: Mais separadas do que conjuntas

No que toca à gestão das contas bancárias, 61% dizem ser os únicos responsáveis pela sua conta. Mesmo entre casais, a conta separada é frequente (57%), embora a maioria tenha também uma conta conjunta (54%).

Poupar é comum, mas nem todos o fazem

Quase metade dos participantes indica poupar entre 5% e 20% do salário. Cerca de 32% dizem colocar dinheiro de parte logo no início do mês, mas 21% afirmam não conseguir poupar. Os principais motivos para poupar são a constituição de um fundo de emergência (60%) e a preparação para compras futuras (21%).

Segurança lidera nas decisões de investimento

Quando investem, os portugueses priorizam a segurança em detrimento da rentabilidade. Os produtos preferidos são os depósitos a prazo (29%) e os certificados de aforro (15%). A banca tradicional continua a ser o canal de eleição (48%), sobretudo entre as mulheres, seguindo-se as plataformas digitais (23%) e as corretoras online (14%).

Cerca de metade investe de forma independente. Entre quem recorre a apoio, destacam-se o banco habitual (19%), familiares ou amigos (13%) e, em menor número, consultores financeiros (10%).

Créditos: Habitação em primeiro lugar

Mais de metade dos inquiridos (53%) garante pagar os seus créditos sempre a tempo, embora 42% tenha optado por não responder à pergunta. O crédito habitação é o mais frequente (27%), seguido do uso regular de cartão de crédito (17%), crédito automóvel (10%) e crédito pessoal (10%).

Pouco hábito de dar mesada ou semanada

Entre os pais com filhos até aos 18 anos, a maioria dá dinheiro apenas quando necessário, sem uma frequência definida. A mesada é mais comum entre os 6-10 anos (17%) e 15-18 anos (27%), enquanto a semanada predomina dos 10 aos 15 anos (17%).

A maioria das crianças e jovens guarda parte do dinheiro que recebe, sendo os gastos mais frequentes os lanches escolares e a compra de roupa e artigos pessoais (ambos com 25%).

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