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É possível criar locais de trabalho felizes? Estudo diz que sim

Ser feliz no local de trabalho é um desejo de trabalhadores e empregadores, mas nem sempre estão reunidas as condições para que isso aconteça. Uma publicação da Harvard Business Review deixa algumas pistas para mudar o ambiente laboral para melhor

Link To Leaders
19 mar, 16:29
Mulher no trabalho Foto Patrick Tomasso, Unsplash
Mulher no trabalho Foto Patrick Tomasso, Unsplash

A felicidade no local de trabalho é algo que todos ambicionam ou não fosse esse, regra geral, o local em que passamos a maior parte das horas do nosso dia. E tudo o que uma empresa não precisa é de trabalhadores desconectados com o seu propósito, entediados e desligados. Inclusive, são inúmeras as pesquisas que destacam a ligação entre trabalhadores felizes e o aumento da produtividade. Um estudo da Universidade de Oxford aponta para um acréscimo na ordem dos 13%.

A realidade é que nos últimos tempos tem-se assistido a novas tendências no mundo empresarial – como o Quiet Quitting ou Loud Quitting – que espelham a insatisfação da força de trabalho, os efeitos do stress e do burnout. E se, como mostra uma outra pesquisa do MIT (MIT Sloan, Institute for Work and Employment Research), “a saúde e felicidade no trabalho são uma força motriz na nossa decisão de aceitar, permanecer ou abandonar um emprego”, então esta é uma questão, e um problema, que as empresas não podem negligenciar.

Uma análise publicada na Harvard Business Review avança com um conjunto de pequenas etapas que podem ser implementadas pelas empresas a bem da felicidade dos seus colaboradores.

(Re)imaginar a flexibilidade

A pandemia abriu espaço para novos modelos de trabalho, assentes na flexibilidade de horários, de local de trabalho e na maior autonomia. Conceitos como teletrabalho e trabalho remoto, ou até nómadas digitais, começaram a fazer parte do dia a dia.

O difícil foi regressar às rotinas anteriores à pandemia. Sobretudo quando as evidências mostram, segundo alguns estudos, que os trabalhadores com mais autonomia são bons para os negócios. Aliás, um relatório de 2023 da Organização Internacional do Trabalho concluiu que uma maior flexibilidade conduz a uma maior produtividade e a um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, com destaque para as mulheres.

A flexibilidade faz parte da realidade pós-pandemia e precisa de ser reimaginada em todos os setores e em todos os tipos de funções. Pode ser a chave para desbloquear uma força de trabalho feliz e de alto desempenho com que todos ficam a ganhar.

(Re)construir o sentimento de pertença

Imagine os milhares de horas que passa no local de trabalho sem interação social positiva. A sua felicidade certamente que seria impactada de forma negativa. Agravada pela aceleração tecnológica que, por um lado, tornou a conexão mais fácil, por outro afastou as pessoas do contato presencial. A Gallup salienta mesmo que “hoje apenas três em cada 10 trabalhadores têm um melhor amigo no trabalho”.

Construir uma comunidade no local de trabalho onde os trabalhadores sentem que pertencem, e para a qual contribuem, é uma reflexão que deve ser feita. Os líderes devem estabelecer normas saudáveis ​​dentro dos grupos de trabalho, reduzindo a competitividade prejudicial, porque os objetivos partilhados promovem a colaboração o que ajuda a fortalecer amizades. Com o aumento do trabalho híbrido e remoto as interações profissionais saíram prejudicadas e por isso há que reprogramar as interações com os colegas de trabalho.

Para construir um sentimento de pertença, averigue o que deixa os trabalhadores felizes e preste atenção ao que estes desejam para dessa forma conseguir implementar as melhores ações de motivação.

Restaurar o propósito

Por último, é fundamental um propósito para ter os trabalhadores motivados porque a demissão silenciosa e o desgaste têm sido consistentemente associados à falta de entusiasmo e de sentido no local de trabalho. As empresas devem servir de forma responsável e ética todas as partes interessadas, incluindo funcionários, porque a felicidade no trabalho tem que vir de uma conexão profunda e intrínseca com o motivo pelo qual estão ali.

Este artigo foi escrito no âmbito da colaboração com o Link to Leaders

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