A piscina oceânica das Azenhas do Mar, em Sintra, continua a ser alvo de destaque na imprensa internacional, apesar de se encontrar atualmente encerrada por tempo indeterminado. O site norte-americano Islands voltou a recomendar este destino português, descrevendo-o como um local imperdível tanto para turistas como para residentes.
No artigo publicado, pode ler-se que “turistas e locais adoram visitar a enorme piscina natural no sopé da falésia. As pessoas passeiam e sentam-se ao longo da borda que confina com a areia, a qual cede no meio. A cavidade da piscina recebe ondas do Oceano Atlântico durante a maré alta. Muitos utilizadores do TripAdvisor escrevem que nadar nesta piscina natural é um dos pontos altos das suas férias e algo que recomendam também a outros visitantes”. A publicação acrescenta ainda detalhes sobre a envolvência única deste cenário, lembrando que nadar na piscina é frequentemente apontado como uma experiência inesquecível.
Contudo, a realidade atual é bem diferente daquela promovida nos guias internacionais de viagem. Como noticiou a agência Lusa, a piscina oceânica da praia das Azenhas do Mar foi interditada no final de agosto e por tempo indeterminado, após terem sido identificadas graves deficiências estruturais. De acordo com um edital da Capitania do Porto de Cascais, da Autoridade Marítima Nacional e do Ministério da Defesa Nacional, as vistorias realizadas em junho e agosto pela Unidade de Saúde Pública de Sintra detetaram riscos significativos para a segurança dos utilizadores.
Os problemas identificados incluem a falta de proteção no sistema de drenagem, que representa risco iminente de afogamento, degradação das escadas de acesso, inexistência de barreiras de segurança no cais e um estado geral de conservação deficiente das estruturas de apoio. O edital sublinha que estas condições “constituem risco sério para a segurança de pessoas e bens, impondo-se a adoção imediata de medidas preventivas”. Perante este cenário, o capitão do Porto de Cascais determinou a interdição total da piscina até que sejam realizadas obras de beneficiação e implementadas as medidas corretivas exigidas pelas autoridades competentes.
A interdição abrange não apenas o uso recreativo, mas também o simples acesso e permanência no espaço, estando prevista sinalização reforçada e barreiras físicas para impedir a entrada. Qualquer incumprimento das normas estabelecidas constitui contraordenação e pode resultar em coimas e sanções adicionais.
Fonte da Câmara Municipal de Sintra garantiu à Lusa que o município está a acompanhar de perto a situação, em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, a Capitania do Porto de Cascais e o concessionário da praia, procurando encontrar rapidamente soluções para resolver os problemas detetados e devolver a segurança ao espaço.
Enquanto isso, a piscina oceânica das Azenhas do Mar permanece encerrada, num contraste evidente entre a sua imagem idílica promovida pela imprensa internacional e a realidade atual marcada pela necessidade urgente de obras.