Deixar ambas as tampas da sanita para baixo após a utilização continua a ser um dos grandes desafios sociais, pois nem todas as pessoas compreendem a sua importância da mesma forma. Ainda assim, é inegável que quem não o faz comete um erro, demonstrando também uma falta de consideração pelos utilizadores seguintes.
Existe, porém, outro dilema na casa de banho que merece ser discutido: o autoclismo. A questão é: devemos baixar as duas tampas antes de puxar a descarga? Enquanto alguns consideram este gesto desnecessário, outros afirmam que não fazê-lo seria quase um sacrilégio, capaz até de originar novas variantes de vírus como a covid. Mas qual é a realidade?
Evan Floyd, investigador em saúde ocupacional e ambiental nos Estados Unidos, esclarece ao site Inverse que um gesto tão simples como baixar a tampa antes de acionar o autoclismo pode reduzir o risco de contrair doenças ou infeções provocadas por vírus ou bactérias. No entanto, o especialista sublinha que “não há assim tantas pessoas a adoecerem por causa de descargas da sanita.” Floyd acrescenta ainda a importância de diferenciar os tipos de sanitas: a de uma casa, utilizada por poucos membros da família, não se compara à de um espaço público, frequentado por várias pessoas.
Quando se puxa o autoclismo, é libertado um jato de água que provoca dois efeitos: por um lado, pode originar salpicos devido à força do movimento da água; por outro, a água desintegra-se em minúsculas partículas que funcionam como um spray. Estas últimas são particularmente perigosas, pois podem dispersar-se pelo ar da casa de banho e, se inaladas, representar um risco de infeção.
Baixar a tampa do autoclismo antes de puxar a descarga é uma prática simples que exige pouco esforço, mas que pode melhorar significativamente a higiene do ambiente. Esta pequena precaução reduz a dispersão de partículas no ar e contribui para um espaço mais limpo e saudável para todos os membros da casa. Dado os benefícios que acarreta, trata-se de uma recomendação que vale a pena adotar no dia a dia.