Poucas horas após a notícia de que um total de 230 bombeiros chegariam de Espanha, nesta quarta-feira, para ajudar Portugal a combater os incêndios, a Unidade Militar de Emergências (UME), que integra as Forças Armadas Espanholas, partilhava na sua página no X (antigo Twitter) imagens de vários veículos e operacionais dos seus batalhões a sairem das bases para vir ajudar as autoridades portuguesas.
“Unidades do Primeiro e do Quinto Batalhão de Intervenção em Emergências da UME saem das suas bases em Torrejón de Ardoz e León para colaborar nos trabalhos de extinção dos incêndios florestais que assolam Portugal”, pode ler-se na publicação, seguida da imagem da bandeira espanhola e da bandeira portuguesa com o emoji de mãos a cumprimentarem-se no meio.
A publicação foi vista por vários portugueses, que não tardaram a agradecer o apoio dado por Espanha nesta altura de grande aflição. “Obrigado – Gracias España”, “Muchas Gracias, España” e “Muito obrigada irmãos” são alguns dos comentários feitos.
No momento em que este artigo é escrito, a publicação da UME conta com mais 150 comentários e 3 mil gostos.
Como lembrou uma internauta também na rede social X, em 2015, foram os bombeiros portugueses que foram ajudar o país vizinho. Naquele ano, um incêndio na Extremadura levou Espanha a pedir ajuda internacional e 100 bombeiros partiram de Portugal para apoiar o combate aos incêndios. Na altura, foram partilhados vários vídeos do momento em que os carros de bombeiros chegaram à zona de Moraleja e a população aplaudia. Recorde-se nos vídeos abaixo.
Os fogos tiveram início no passado domingo no Norte e Centro do Pais e, desde então, não têm dado tréguas. Só durante a noite, de terça para quarta-feira, foram registadas mais de 100 ignições, refere a CNN Portugal.
Já se registaram desde domingo sete mortos, 50 feridos e dezenas de casas destruídas. As zonas mais afetadas situam-se nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu. Segundo o sistema europeu de observação terrestre Copernicus, citado pela agência Lusa, a área ardida em Portugal continental ultrapassa desde então os 62 mil hectares, dos quais 47.376 só no Norte e Centro.