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De acordo com uma nova pesquisa da consultora Emergn - Intelligent Delusion - 77% dos líderes empresariais pretendem gerar receitas com novas soluções de inteligência artificial (IA) no próximo ano, mas 57% dizem que as expetativas em relação à IA estão a crescer mais rapidamente do que sua capacidade resposta.
Mas a pesquisa destaca que embora as iniciativas de IA possam parecer inteligentes, estratégicas e inevitáveis, os líderes temem que elas acabem por fracassar se as capacidades humanas e a preparação organizacional forem superestimadas.
A crescente desconexão entre as ambições e capacidades da inteligência artificial é outro dos pontos abordados na pesquisa. É esperado otimismo em relação a futuros projetos de IA, considerando que 81% das organizações globais relataram um retorno positivo sobre o investimento em iniciativas de IA no último ano. No entanto, destaca a Emergn, espera-se que muitas organizações enfrentem desafios significativos para acompanhar as expetativas em rápida evolução.
57% dos líderes globais reconhece que suas aspirações em IA estão a superar as suas capacidades atuais. E a componente humana também não pode ser ignorada, com 55% dos líderes empresariais globais a relatarem que não conseguirão atingir os seus objetivos de IA sem talento, design focado em resultados e integração de mercado.
A crescente pressão nesta matéria reflete-se na necessidade das organizações contratarem ou desenvolverem a expertise humana para supervisão estratégica e direção tecnológica, o que é crucial para aqueles que querem aproveitar ao máximo o potencial da IA.
A par destas vertentes, a pequisa constata ainda que os líderes empresariais cada vez mais reconhecem que uma gestão de produtos forte é essencial para preencher a lacuna entre ambição e execução.
Nos últimos 12 meses, 87% dos líderes assumiram ter aumentado o investimento em gestão de produtos, incluindo a expansão de funções, ferramentas e processos. Essa mudança estratégica é corroborada por 65% dos líderes que acreditam que a gestão de produtos será fundamental para a estratégia das suas empresas no próximo ano, impulsionando a inovação, a tomada de decisões informadas e o crescimento sustentável a longo prazo, em comparação com apenas 26% que sentiam o mesmo no ano anterior. Em suma, a gestão eficaz de produtos agora é vista como um motor tanto para a excelência operacional quanto para a vantagem competitiva.
Essa mudança reforça a ideia de que fechar a lacuna entre a promessa da IA e a sua aplicação prática e geradora de receita exige uma liderança visionária e uma a sólida disciplina de gestão de produtos nos níveis mais altos da organização.
Este artigo foi escrito no âmbito da colaboração com o Link to Leaders