Lavar roupa a temperaturas mais baixas está a tornar-se um novo padrão nos lares portugueses. De acordo com o estudo The Truth About Laundry 2025, conduzido pela AEG, 71% dos consumidores acredita que lavar a temperaturas mais baixas ajuda as peças a durar mais tempo, e 54% já prefere ciclos de lavagem a 30 °C ou menos. A tendência reflete uma mudança de mentalidade: cuidar da roupa e cuidar do ambiente tornaram-se objetivos complementares.
Segundo o mesmo estudo, 49% dos portugueses considera que a forma como a roupa é lavada tem um impacto direto na sua durabilidade. Ao reduzir a temperatura da água, os consumidores procuram evitar o desgaste precoce das fibras e prolongar a vida útil das peças, adotando uma abordagem mais consciente e sustentável.
Essa mudança de hábitos está também associada a uma crescente preocupação ambiental. Mais de metade dos inquiridos (55%) afirma sentir-se culpado pelo impacto da lavagem e da secagem no planeta, o que revela uma sensibilidade cada vez maior para as questões de consumo energético. A redução da temperatura, aliada à utilização de modos "ECO" — já adotados por 30% dos inquiridos —, surge como uma forma prática de minimizar esse impacto. Além disso, 47% dos portugueses estaria disposto a lavar a temperaturas mais baixas para reduzir o gasto energético.
A questão económica mantém, contudo, um peso decisivo nas escolhas. O preço continua a ser o fator mais importante na compra de uma máquina de lavar ou secar, segundo 65% dos inquiridos, mas 61% afirma valorizar também a eficiência energética. Este equilíbrio entre custo e responsabilidade ambiental reflete uma nova forma de consumo, em que a durabilidade e o desempenho são avaliados em conjunto.
A procura de soluções mais rápidas e convenientes é outra tendência destacada pelo estudo. Para 35% dos consumidores portugueses, a principal melhoria desejada nas máquinas de lavar seria a possibilidade de reduzir o tempo de lavagem sem comprometer o cuidado das roupas nem a sustentabilidade do processo. Essa necessidade de rapidez traduz um estilo de vida mais acelerado, mas também uma maior exigência em relação à tecnologia doméstica.
No caso da secagem, as perceções continuam divididas. Embora 81% dos inquiridos se mostrem satisfeitos com as suas máquinas de secar, 51% afirma não querer correr o risco de danificar peças delicadas e 40% diz não confiar totalmente que a máquina consiga secar tecidos sensíveis em segurança. Estes receios demonstram que, apesar do avanço tecnológico, ainda há um espaço de desconfiança no uso diário destes equipamentos.
A tecnologia, porém, começa a responder a essas preocupações. O estudo revela que 23% dos consumidores usariam mais a máquina de secar se esta tivesse ciclos específicos para diferentes tipos de tecido, e 20% valorizam a presença de sensores capazes de ajustar automaticamente a humidade, evitando a sobre secagem. Estas inovações estão a tornar o processo de lavagem e secagem mais inteligente e personalizado, permitindo um cuidado mais preciso com cada peça.
Segundo Ângela Pereira, Brand Manager da AEG, "É evidente que os consumidores portugueses estão a evoluir para hábitos de consumo mais conscientes. Atualmente, procuram soluções de lavagem mais rápidas e eficientes, sem comprometer os resultados, demonstrando uma preocupação clara com o consumo energético e o impacto ambiental. Ao mesmo tempo, valorizam cada vez mais a secagem delicada, que ajuda a cuidar melhor das suas roupas e a prolongar a sua vida útil. Esta mudança reflete uma procura crescente por soluções inteligentes que protejam até os tecidos mais delicados, combinando inovação, desempenho e sustentabilidade."
O estudo confirma, assim, que lavar roupa já não é apenas uma tarefa doméstica: tornou-se uma decisão consciente, que envolve economia, tecnologia e responsabilidade ambiental. A preferência por temperaturas mais baixas e a valorização da eficiência mostram que os consumidores portugueses estão a redefinir a forma de cuidar da roupa — e a transformar pequenos gestos em escolhas com impacto duradouro.