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“‘Fizeram-me sentir neurótica’: mãe foi ignorada e o pior acabou por acontecer à filha

“Foram anos a implorar por respostas. Quando descobriram já era tarde”, lamenta a mãe

IOL
17 abr, 16:17
Megan Kelly
Megan Kelly
Foto: The Institute of Cancer Research

Megan Kelly morreu em dezembro de 2020, aos 19 anos, vítima de um sarcoma de Ewing de células pequenas em estádio 4 — um tipo raro e agressivo de cancro que afeta os ossos ou os tecidos moles que os rodeiam. O diagnóstico chegou demasiado tarde, após anos de sintomas persistentes que foram, inicialmente, desvalorizados por vários profissionais de saúde.

A história, partilhada pela revista PEOPLE, começa em setembro de 2017. Megan, então com 16 anos, contraiu um vírus do qual não conseguia recuperar. As infeções urinárias tornaram-se recorrentes e, ao longo dos meses, a sua saúde foi-se agravando, até que, em abril de 2018, teve de abandonar a escola por faltar tantas vezes.

Apesar das várias idas ao médico, os diagnósticos apontavam sempre para doenças comuns, como febre glandular, escarlatina ou infeções urinárias. Mas os sintomas não desapareciam — e a mãe, Jane Kelly, não baixava os braços.
"Estava preocupada. O meu instinto dizia-me que algo estava seriamente errado", contou ao Instituto de Investigação do Cancro.

Jane, que em jovem combateu um linfoma de Hodgkin, reconhecia na filha sinais semelhantes aos que ela própria tinha enfrentado. No entanto, os seus alertas foram repetidamente ignorados. "Fizeram-me sentir como se estivesse a exagerar, como se fosse neurótica", recorda.

Foi apenas em junho de 2019, já com Megan com 18 anos, que um médico identificou uma massa suspeita no rim durante uma consulta de rotina. Suspeitou de cancro e mandou avançar com exames mais específicos. Seis semanas depois, chegava o diagnóstico devastador.

Megan iniciou tratamento com quimioterapia em doses reduzidas, para tentar controlar o avanço da doença. No entanto, o seu estado clínico agravou-se rapidamente. "O médico chamou-me de lado e disse que o tratamento não estava a resultar. Que a Megan só teria mais alguns dias de vida", revelou Jane. "Decidimos não lhe contar. Levámo-la para casa. Sempre foi o desejo dela morrer em casa."

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