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O Movimento Transformers lançou a Academia de Rua, um projeto que tem como objetivo garantir o igual acesso a oportunidades no desenvolvimento e projeção dos vários talentos dos jovens. O primeiro lugar de aceleração de talentos será no Porto e a sua abertura está prevista para o mês de dezembro.
O Movimento Transformers já trabalhou com mais de 9.100 jovens em risco de exclusão social, garantindo que 60% aumentaram as suas competências de liderança e criatividade, 58% aumentaram o sentimento de aceitação social e 44,3% reduziram a taxa de retenção escolar. “Agora, quer dar o salto e certificar que todos estes jovens têm um sítio onde podem investir naquilo que realmente querem fazer”, explica em comunicado.
“Materializar os valores e as intenções do Movimento Transformers num espaço físico onde podemos receber, dar ‘casa’ e escalar o impacto deste projeto é mais um passo no trabalho que temos desenvolvido ao longo de mais de uma década. Assim, depois de os aprendizes escolherem um talento para desenvolver durante o período de um ano, poderão tornar-se mentores dos seus pares, capacitando-se através do programa Escola de Mentores. No final, os jovens sinalizados como potenciais Transformers serão encaminhados para a nossa Academia, seja através de mentoria, bolsas de estudo, oportunidades de emprego, entre outros”, explica Joana Moreira, diretora executiva do Movimento Transformers.
“Criada para ser um lugar aberto e seguro para criar, experimentar, falhar e aprender, a Academia de Rua é um espaço que representa o completar do ciclo de transformação do movimento, tendo como objetivo garantir que existe um sítio que é casa para todos os jovens que fazem parte do Transformers, onde sabem que há espaço para todos os talentos – e para os explorar -, e onde contarão sempre com uma equipa focada em desenhar e construir planos de aprendizagem personalizados, que amplifica a voz destes jovens e forma a nossa nova geração de líderes”, explica o movimento na mesma nota.
A academia está organizada em três áreas: espaço físico, incubação e metodologia de acompanhamento. Entre 12 a 24 meses estes jovens vão investir e acelerar os seus talentos, tendo acesso ao melhor acompanhamento e locais para o fazer. Todas as pessoas podem contribuir, tornando-se sócias fundadoras da academia.
Segundo o Movimento Transformers, o custo médio de formação e integração de um jovem no mercado de trabalho, segundo os últimos dados do IEFP é de €15.798 por episódio, valor que contempla despesas associadas à promoção de percursos de formação em alternância, entre um estabelecimento de formação e uma empresa, apoio financeiro concedido pela promoção de estágio com a duração de nove meses e um possível prémio financeiro à contratação de ex-estagiário através de contrato de trabalho sem termo.
No primeiro ano, a Academia de Rua vai receber cinco jovens para consolidar a metodologia já testada, garantido uma poupança ao Estado de 50% por cada jovem. “Considerando a metodologia de formação e reforço das competências e talentos, este projeto tem como objetivo ir alargando o número de pessoas abrangidas de ano para ano, não sendo o seu foco a escala, mas o impacto”, revela Joana Moreira.
Este artigo foi escrito no âmbito da colaboração com o Link to Leaders