Sempre que um concorrente é sancionado ou levado à boca da cena pela Voz por mau comportamento, lá vem a ameaça da praxe: “Vou desistir!”. Para quê este teatro? É para ver se colam o rótulo de coitadinhos, quando sabem perfeitamente o que fazem e até repetem as figuras? Ou será que se acham as grandes estrelas da edição mas, na verdade, são exatamente aquelas personagens que o público não pode ver à frente? Sim, estou a falar do Dylan e do Bruno, sem paninhos quentes.
Logo no início da gala, os concorrentes tiveram de escolher o mais fraco, que automaticamente ficaria de fora da corrida ao tão desejado passaporte para a final. A Inês foi a escolhida, e ainda bem! Quem é a Inês, afinal? Claramente a concorrente mais fraca desta edição, sem qualquer conteúdo. Se a casa fosse uma sala de estar, ela era o vaso no canto: está lá, mas quase ninguém repara.
Durante a semana, o Bruno foi sancionado pela Voz, ficando automaticamente nomeado para a semana seguinte. Honestamente, ele já ultrapassou os limites vezes demais; além desta sanção, devia também ficar de fora da corrida ao passaporte. Tem atitudes que pura e simplesmente não se desculpam, e repete-as quase diariamente. Mexer com a casa, mexe, claro, mas pelos piores motivos possíveis. Por mim, ontem tinha feito as malas e ido à sua vida. Mas não, o público decidiu expulsar a Mariana. Era apagada no jogo? Era. Mas, paradoxalmente, também era espontânea, engraçada e até serviu de rastilho para alguns conflitos. Vá se lá entender o critério…
A Marisa e o Pedro Jorge foram, até certo ponto, brilhantes. Mas estão perigosamente perto de estragar tudo. Eles sabiam perfeitamente que entrar num reality show ia pôr a relação à prova, ciúmes, egos e dramas a transbordar, pacote completo. Ainda assim, podiam ter sido um bocadinho mais inteligentes na gestão emocional. Vamos ver quanto tempo conseguem manter o “segredo” bem guardado; a mim parece-me que está a dias de arrebentar.
Adorava que os concorrentes pudessem saber a ordem de salvação dos nomeados. Acham que não ia haver melões do tamanho do mundo, quando descobrissem que o Pedro Jorge e a Marisa são os favoritos? Ia ser lindo.
Falar de confiança dentro de um reality show é, para mim, um não-tema. Ali dentro não se confia em ninguém, ponto final. Pode haver aliados estratégicos, claro, faz parte do jogo, mas no fim todos estão ali pelo mesmo: meter 250 mil euros ao bolso. Tudo o resto é novela para entreter o público.