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Prova de vida para pensionistas estrangeiro: O que deve garantir para não perder a pensão

Os pensionistas no estrangeiro têm de entregar uma prova de vida para manter a pensão. Saiba os prazos, formas e cuidados a ter neste processo obrigatório

Doutor Finanças
1 out, 09:19
Dinheiro
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Fonte: freepicl

A prova de vida é agora obrigatória para milhares de pensionistas portugueses que vivem fora do país. Sem este passo, o pagamento da pensão pode ser suspenso, mesmo que o beneficiário tenha todos os direitos em dia.

Quem está obrigado à prova de vida e quais os prazos a cumprir?

A obrigação arranca de forma faseada. Em 2025, aplica-se apenas a pensionistas com mais de 66 anos e 7 meses residentes na Suíça e no Luxemburgo. O prazo limite é 30 de novembro.

Em 2026, alarga-se a Países Baixos, Bélgica, Cabo Verde e Reino Unido, com prazo entre 1 de maio e 15 de setembro. A partir de 2027, todos os pensionistas com morada fora de Portugal terão de cumprir a prova anualmente.

Como receber a notificação da Segurança Social e evitar surpresas

Todos os anos, em abril, a Segurança Social envia a notificação. Quem está registado na Segurança Social Direta recebe a informação online. Os restantes recebem por correio.

Na comunicação constam os prazos, as formas de cumprimento e as consequências do incumprimento. Há ainda formulários e instruções disponíveis em português, inglês, francês e espanhol.

Três formas de entregar a prova de vida: Digital, presencial ou documental

O processo pode ser feito de três formas. A digital é a mais rápida: através da Segurança Social Direta, com autenticação e reconhecimento facial. O sistema aceita o Cartão de Cidadão, Bilhete de Identidade ou Passaporte.

Quem preferir pode optar pela via presencial. Neste caso, deve dirigir-se a embaixadas, consulados ou serviços da Segurança Social em Portugal. Já a opção documental exige a entrega de um certificado internacional ou equivalente emitido por entidade local idónea.

O que acontece à pensão se falhar a prova de vida?

O incumprimento tem consequências imediatas. Quem não entregar a prova de vida até ao prazo fixado vê a pensão suspensa no mês seguinte.

A suspensão mantém-se até que a situação seja regularizada. Quando for validada, o pagamento é retomado com efeitos retroativos. Ou seja, não há perda definitiva de rendimentos, mas há atrasos que podem comprometer a estabilidade financeira.

Representação legal: Quando outro pode fazer a prova por si?

A lei prevê que o processo possa ser feito por representante legal, em caso de incapacidade. Para isso, é preciso juntar documentação adicional que prove a situação e os poderes de representação.

Esta solução garante que os pensionistas mais vulneráveis não ficam sem acesso ao direito fundamental à reforma.

A prova de vida tem custos?

O processo é gratuito. Seja digital, presencial ou documental, não há lugar a taxas nem emolumentos. Mesmo as provas presenciais realizadas em consulados ou embaixadas não têm custos.

Após a entrega, cada pensionista recebe um comprovativo da validação, válido em qualquer uma das modalidades.

 

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