O preço das casas em Portugal aumentou 8,1% no último ano. De acordo com a Alfredo, o preço do médio quadrado (m2) nas principais capitais de distrito foi de 2.868 euros em junho.
Olhando apenas para os primeiros seis meses deste ano, o crescimento de preços foi de 5%. Em dezembro, o m2 custava menos 138 euros do que em junho.
O Índice de Preços Alfredo reúne informação de vários portais públicos de listagem e sites de agências imobiliárias com dados de transação que são posteriormente trabalhados utilizando algoritmos avançados de Inteligência Artificial, o que permite caracterizar a realidade do mercado imobiliário em Portugal de uma maneira nunca vista.
Ponta Delgada lidera ranking das subidas
Em Ponta Delgada, o preço do m2 cresceu 20,9% entre junho de 2023 e o mesmo mês deste ano. Também perto dos 20% está o distrito de Aveiro (19,7%), seguido de Viana do Castelo (18,2%) e Leiria (15,4%).
Lisboa (4.867 euros), Porto (3.288 euros) e Funchal (3.012 euros) são as três regiões com os preços mais altos e registaram subidas homólogas de 5,8%, 9% e 12,9%, respetivamente.
Do lado das descidas há apenas três distritos: Castelo Branco (21,5%), Portalegre (16,1%) e Vila Real (2,4%).
Preço dos apartamentos cresce quase 8%
Nos últimos 12 meses, o preço dos apartamentos aumentou 7,7% para 3.495 euros por m2 e o das moradias subiu 7,4% para 1.537 euros.
Das 20 regiões analisadas (18 capitais de distrito e ilhas), Lisboa foi aquela que registou o valor médio dos apartamentos mais elevado: 430 mil euros. Ao mesmo tempo, foi o distrito com maior oferta em junho, com 14.098 apartamentos no mercado.
Em Portalegre, pelo contrário, os apartamentos custam pouco mais de 100 mil euros, a oferta é menor (85 apartamentos) e demoram quase sete meses a serem vendidas.
No mercado de moradias, Lisboa volta a ocupar o topo dos preços (592 mil euros), mas é no Porto que a oferta é maior (1.793, em junho). Guarda é a capital de distrito mais barata (42.500 euros) e Portalegre a região com menos oferta (277 casas).
Margem de negociação é maior em Leiria
No momento de comprar casa, Leiria mostrou-se a região com a maior margem de negociação, em junho de 2024. Em média, os negócios foram fechados 17,8% abaixo do preço de listagem.
Logo a seguir na tabela surgem Setúbal (15,6%), a Ilha da Madeira (15,4%) e a Guarda (14,4%).
Os sítios onde se mostrou mais difícil negociar foram Viseu (0,69%), Coimbra (1,91%) e Faro (2,22%), que revelaram as margens mais baixas.