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A flora intestinal, composta por uma comunidade diversa de bactérias, desempenha um papel fundamental na nossa saúde geral. Recentemente, os investigadores têm desenvolvido bastante investigação para entender como estes microrganismos intestinais podem ter impacto em doenças específicas, tais como as patologias cardíacas.
Agora, um estudo publicado na revista Cell, que analisou a composição da microbiota intestinal de 1429 participantes e a relacionou com fatores de risco cardiovascular e complicações cardíacas, traz conclusões importantes.
Os resultados revelaram que certas espécies bacterianas estão associadas a níveis reduzidos de colesterol. Mais concretamente, os investigadores perceberam que a bactéria probiótica Oscillibacter foi identificada como uma “devoradora” de colesterol, sugerindo que estas entidades vivas tenham um papel protetor contra doenças cardíacas.
A Oscillibacter converte o colesterol em produtos intermediários que servem de alimento para outras bactérias e estas decompõem esses subprodutos e facilitam sua excreção do corpo.
Como explica o jornal El Español, que dá destaque a este estudo, existe outra espécie de bactéria intestinal, a Eubacterium coprostanoligenes, que também contribui para a redução dos níveis de colesterol. Esta espécie carrega um gene que já está relacionado com o metabolismo do colesterol. Se a Eubacterium se juntar à Oscillibacter, ocorre um efeito sinérgico entre ambas as bactérias, potencializando os seus efeitos na degradação do colesterol.
Compreender estas interações entre a microbiota intestinal e as doenças cardíacas pode levar a novas estratégias para prevenir e tratar condições cardiovasculares. A investigação continua a desvendar os segredos destas comunidades microbianas e seu impacto na nossa saúde.