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Seis em cada 10 trabalhadores aderem à “demissão silenciosa” e fazem o mínimo indispensável

Um estudo internacional revela que seis em cada 10 trabalhadores, a nível mundial, aderiram a esta tendência

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20 jun 2023, 15:35
Escritório Foto Pexels
Escritório Foto Pexels

Fazer o mínimo possível, cumprindo apenas o básico até que a empresa se “canse” e despeça o trabalhador. Esta é, grosso modo, a essência do “quiet quitting” ou demissão silenciosa, uma tendência internacional que ameaça causar um impacto significativo na economia mundial.

Um relatório recente da consultora norte-americana Gallup – o State of The Global Workplace 2023 –, que envolveu mais de 122.416 empregados, com 15 ou mais anos, em de 160 países, mostra que 59% dos inquiridos se enquadram nessa categoria de “quiet quiting”.

Por outro lado, 23% inserem-se no que o estudo classifica como “triving at work” (ou seja, envolvidos com a empresa) e 18% “loud quitting” (ativamente não envolvidos).

A pesquisa revela que o baixo envolvimento dos trabalhadores com as suas empresas custa à economia global cerca de 8,8 triliões de dólares (aproximadamente 8,05 triliões de euros) e representa cerca de 9% do Produto Interno Bruto global.

A consultora salienta ainda que este cenário representa “uma imensa oportunidade para o crescimento da economia”, ou seja, uma vez que as lideranças e a forma de gestão influenciam diretamente o envolvimento dos colaboradores no local de trabalho, há muito a fazer para que as organizações possam ajudar os seus trabalhadores a prosperar no local de trabalho.

O relatório alerta para o facto de que para os líderes e para os gestores o “loud quitting” pode sinalizar grandes riscos dentro de uma organização e que é importante não os ignorar. Por outro lado, os “quiet quiting” costumam ser a maior oportunidade de crescimento e mudança, uma vez que, na maioria dos casos, eles esperam que quem os lidera os encoraje e inspire. Por isso, algumas mudanças na forma como a gestão é feita pode voltar a transformá-los em membros produtivos da equipa.

Quando questionados sobre quais as alterações que gostariam de ver implementadas nas suas empresas, para que estas se tornassem num ótimo lugar para trabalhar, 85% dos inquiridos referiram aspetos como o envolvimento, cultura, a remuneração e o bem-estar. A par disso, muitos dos entrevistados lembraram ainda que gostariam de ter mais reconhecimento, mais oportunidades de aprendizagem, um tratamento justo, objetivos mais claros e melhores gestores.

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