Um olhar mais atento sobre o estado de saúde da população portuguesa revela que as mulheres têm mais problemas de saúde mental que os homens.
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Resultados do estudo “Estado de Saúde geral da população portuguesa” demonstram uma maior incidência de níveis de stress elevados junto das mulheres (56%), comparativamente com o género masculino. Estes dados resultam de uma pesquisa feita em Portugal pela Marktest, para a Medicare, e revelam a importância do tema da saúde mental em particular no género feminino.
Do total de inquiridas, 37% revelaram que no último ano sentiram necessidade de procurar ajuda de um profissional de saúde mental e 30% necessitam de tomar algum tipo medicação calmante ou apenas para ajudar a dormir.
Embora cerca de 40% da população portuguesa entre os 18 e os 64 anos afirmem ter sofrido algum sintoma do foro mental nos últimos 12 meses, o equivalente a cerca de 2.354.000 portugueses, apenas 19% foram efetivamente a uma consulta de saúde mental (cerca de 50% dos que revelaram sofrer algum sintoma). No entanto, mais de 70% das mulheres revelaram sentir-se à vontade para falar sobre os seus problemas de saúde mental junto de familiares e/ou amigos.
De acordo com os resultados deste estudo, cerca de 15% dos utilizadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) recorreram a consultas médicas à distância no último ano. Sendo de destacar valores acima da média alcançados junto da faixa etária dos 25/34 anos (22,9%) e o género feminino (18,8%), o que revela uma maior utilização, por parte das mulheres, às consultas remotas.
Além disso, mais de metade da população portuguesa entre os 18 e os 64 anos afirmou ter experimentado níveis elevados de stress nos últimos seis meses. Os números são alarmantes entre os jovens adultos – com 60% dos 25/34 anos e 59,6% dos 18/24 anos a relatarem níveis de stress elevados – e junto das mulheres, registando um valor de 56,4%. Outro dado preocupante é que 4 em cada 10 portugueses (39,5%) afirmam ter sofrido algum sintoma relacionado com a saúde mental no último ano. Esta tendência é particularmente alta entre os mais jovens e, mais uma vez, entre as mulheres, onde 49% relataram experiências de ansiedade, ataques de pânico, depressão e outros transtornos.
A necessidade de apoio profissional de saúde mental também é evidente, com cerca de 3 em cada 10 portugueses a sentir a necessidade de procurar ajuda no último ano. No entanto, e segundo dados do estudo, as consultas de Psicologia (10,3%) e Psiquiatria (7,9%) foram das menos procuradas no Top 10 pelos portugueses, que priorizam as consultas de Medicina Geral (66,8%), de Saúde Oral (42,3%) e de Oftalmologia (28,5%)
Os números são mais altos entre os jovens e as mulheres. Sendo que 1 em cada 5 portugueses recorre a algum tipo de medicação, como calmantes ou medicamentos para dormir, uma tendência especialmente sentida entre as mulheres e o grupo etário 55/64 anos.
Este artigo foi escrito no âmbito da colaboração com o Link to Leaders