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Pintura inovadora pode fazer com que interior dos automóveis fique 5 graus mais fresco do que no exterior

Fazer com que o interior dos veículos fique, em média, 5 graus mais fresco que o exterior, é o objetivo da mais recente inovação que a Nissan está a testar em Tóquio

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25 ago, 09:59
Nova tinta da Nissan
Nova tinta da Nissan
Foto: divulgação Nissan

A Nissan revelou que está a desenvolver uma tinta que ajuda a reduzir a temperatura interior dos veículos. O projeto começou em 2021 com uma colaboração entre o construtor automóvel japonês e a Radi-Cool, uma empresa especializada em produtos de arrefecimento radioativos. O resultado final é uma tinta que incorpora metamateriais, ou seja, compostos sintéticos com estruturas que normalmente não se encontram na natureza, noticia o Washington Post.

Até à data, apenas foi utilizado o branco, mas nos próximos anos a empresa espera conseguir mais cores com as mesmas propriedades. Há duas partículas de microestrutura que são decisivas nesta nova tinta. A primeira é responsável por refletir os raios infravermelhos da luz solar que provocam vibrações a nível molecular na resina da tinta tradicional e produzem calor. A outra cria ondas eletromagnéticas que tentam contrariar os raios solares e redirecioná-los para a atmosfera.

Os primeiros resultados têm sido encorajadores, de acordo com a empresa. No terminal aéreo internacional Haneda, em Tóquio, um NV100 de serviço foi pintado com esta nova invenção e comparado com um veículo semelhante pintado da forma tradicional. Afinal, este é um local onde os automóveis passam muito tempo ao sol, tanto em movimento como estacionados, e poderiam ser efetuadas verificações precisas em condições reais de utilização.

Segundo a Nissan e os seus engenheiros, que já recolhem dados desde novembro do ano passado, a inovadora pintura pode ajudar a reduzir e temperatura exterior até 12 graus. Já a temperatura no interior pode ter uma diferença, em média, de cinco graus.

Com esta inovação, a empresa pretende reduzir o uso de ar-condicionado, além de aliviar o impacto do calor nos motores e nas baterias de veículos elétricos.

Este artigo foi escrito no âmbito da colaboração com o Link to Leaders

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