Quando, em outubro do ano passado, Joe O’Gorman chegou a casa, estava longe de imaginar o cenário de horror que ia encontrar. Falara com a mulher durante alguns segundos enquanto regressava, e tudo parecia estar bem. Ao entrar, encontrou-a morta na casa de banho. Sabe-se agora que a causa da morte de Ann-Marie O’Gorman, mãe de três filhos, foi eletrocussão durante a utilização do telemóvel ligado ao carregador na banheira.
De acordo com a revista People, o marido saiu de casa para levar a filha mais nova a uma discoteca. Ao regressar, manteve contacto com a mulher numa chamada de 23 segundos. Quando chegou a casa, Joe entrou na casa de banho para falar com a Ann-Marie sobre a filha, mas encontrou-a deitada de lado e sem resposta. Enquanto tentava socorrê-la, sofreu um pequeno choque elétrico e pediu à filha mais velha que chamasse a ambulância.
Apesar de ter histórico de doença de Von Willebrand e doença de Graves, Ann-Marie era descrita como “sã e saudável” e frequentadora regular de ginásio. O tribunal ouviu que Joe inicialmente pensou que a esposa tinha adormecido na banheira, mas suspeitou de eletrocussão ao ver o telemóvel na água.
Uma paramédica confirmou que a vítima não respondeu ao tratamento de emergência, enquanto uma patologista identificou queimaduras de eletrocussão no peito, braço, polegar e dedos. Os exames toxicológicos foram negativos para drogas e álcool.
O engenheiro forense consultor, Paul Collins, explicou que é provável que o telemóvel tenha caído na água e que, ao tentar recuperá-lo, o dedo direito de Ann-Marie tenha tocado numa parte do chuveiro, provocando a eletrocussão.
O caso levou o marido a defender a necessidade de avisos claros nas embalagens de dispositivos eletrónicos sobre os riscos de os utilizar perto da água. “Só se ouve falar de como estes telemóveis resistem a até dois metros de água. Isso dá às pessoas a ideia de que podem tê-los perto de água. Deveriam haver avisos de que isto é perigoso”, afirmou Joe O’Gorman, em tribunal.
