Em tempos, o tremoço crescia de forma espontânea em Portugal. Hoje, é cultivado, mas continua a ser visto por muitos como um simples petisco de bar — aquele que se serve de graça com a cerveja. No entanto, esta leguminosa tem muito mais valor do que a sua reputação sugere.
Longe de ser um alimento sem importância, o tremoço é uma verdadeira potência nutricional. Fácil de encontrar em qualquer supermercado, geralmente em embalagens seladas a vácuo ou frascos, é rico em fibras e proteína, e apresenta um baixo teor calórico. Com apenas 104 calorias por 100 gramas, é um aliado da dieta e da saciedade — além de ter cerca de 80% menos calorias do que as amêndoas, por exemplo.
Segundo o Business Insider (edição espanhola), cerca de 36% da sua composição é proteína — um valor superior ao da soja, do grão e até da carne. E o melhor: é uma proteína vegetal completa, contendo os nove aminoácidos essenciais que o corpo necessita.
O tremoço destaca-se também pelo seu teor de fibra. Em 100 gramas, cerca de 19 gramas são fibra — um valor impressionante se comparado com os 1,5 gramas da alface ou os 10 gramas da aveia. Uma simples chávena de tremoços pode fornecer cerca de 30% da dose diária recomendada de fibra.
Mas os benefícios não ficam por aqui. O tremoço é ainda uma excelente fonte de vitaminas e minerais, com destaque para as vitaminas do complexo B, vitamina C, cálcio, potássio, fósforo, magnésio, ferro, manganês e zinco. Na verdade, contém mais vitamina C do que qualquer outra leguminosa.
De petisco modesto a superalimento esquecido, o tremoço prova que a nutrição não depende do preço — e que, às vezes, o que parece simples pode ser incrivelmente poderoso.