A proteção civil nacional apelou hoje aos cidadãos para restringirem ao máximo as deslocações por causa do mau tempo, que provocou na noite de hoje 275 ocorrências nos distritos de Lisboa e Setúbal e deverá manter-se até quarta-feira.
Num ponto de situação feito pelas 07:00, o comandante André Fernandes, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), alertou para os fortes condicionamentos de trânsito nos acessos a Lisboa, com inundações e lençóis de água que já obrigaram ao corte de dezenas de vias.
Segundo o responsável, devido a trabalhos na subestação da Abóbada, concelho de Cascais, está previsto um corte de energia de cerca de uma hora e meia num raio de 10 quilómetros nesta zona de Cascais.
Câmara de Lisboa emite alerta vermelho em consequência de mau tempo
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) emitiu esta madrugada alerta vermelho em consequência do mau tempo e apelou à população para evitar saídas de casa.
"Em consequência do mau tempo que se faz sentir, a cidade encontra-se com várias limitações de mobilidade. Para a segurança de todos, a #CML apela a que fique em casa e evite deslocações", escreveu a CML num comunicado enviado à agência Lusa.
De acordo com o email recebido pela Lusa pouco depois das 06:00, registaram-se na cidade 181 ocorrências, sendo que 59 permanecem ativas.
Há várias vias rodoviárias intransitáveis: Os túneis do Campo Pequeno e do Campo Grande, Avenida João XXI, Avenida de Berlim, Eixo Norte-Sul, 2.ª Circular (sentido Lisboa Norte), Radial de Benfica, Avenida Infante D. Henrique junto ao Túnel Batista Russo, Avenida de Berna, Avenida Calouste Gulbenkian, todos os acessos à Praça de Espanha, Avenida de Ceuta (Alfredo Bensaúde, estrada do Peneda) e junto ao acesso à ponte 25 de abril, Alcântara (vários locais), cruzamento Gago Coutinho com Avenida dos EUA, Praça de Sete Rios, Avenida de Santo Condestável e Avenida 24 de Julho até Belém.
Entre as recomendações da autarquia ficou ainda um apelo "a todos os que possam" para não "entrarem na cidade de forma a atenuar os eventuais constrangimentos".
Os agentes de Proteção Civil, diferentes serviços operacionais do município e das juntas de freguesia, "continuam em prontidão para uma resposta rápida e eficiente à cidade", continuou.
Baixa de Algés, em Oeiras, intransitável devido à queda de chuva forte
A Baixa de Algés, no concelho de Oeiras, está hoje de manhã “intransitável” devido às fortes chuvas registadas durante a noite, anunciou o município, no distrito de Lisboa.
Estão também intransitáveis “a Avenida Marginal entre o Dafundo e Algés, a estrada 117, que liga Queluz de Baixo a Carnaxide, e a EN250 entre Barcarena e Queijas”, indica o município numa nota divulgada na sua página da rede social Facebook, pedindo que os condutores tenham “a máxima cautela nas demais estradas do concelho”.
Já na noite de segunda-feira a autarquia tinha anunciado o encerramento do Passeio Marítimo de Algés “por questões de segurança”, devido ao mau tempo, incluindo a agitação marítima.
A Proteção Civil nacional apelou hoje de manhã aos cidadãos para restringirem ao máximo as deslocações por causa do mau tempo, que provocou durante a noite 275 ocorrências nos distritos de Lisboa e Setúbal e deverá manter-se até quarta-feira.
Num ponto de situação feito pelas 07:00, o comandante André Fernandes, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), alertou para os fortes condicionamentos de trânsito nos acessos a Lisboa, com inundações e lençóis de água que já obrigaram ao corte de dezenas de vias.
A circulação em várias vias e troços das linhas ferroviárias do Norte, Sintra e de Cascais está suspensa devido ao mau tempo que está a afetar o distrito de Lisboa com chuvas fortes, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP).
Vinte e duas pessoas retiradas de habitações e de um supermercado em Alcântara
Dezasseis pessoas foram retiradas das suas habitações e outras seis de um supermercado em Alcântara, Lisboa, na sequência de inundações devido ao mau tempo, disse à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia.
“Dezasseis pessoas foram retiradas das suas habitações e seis do Pingo Doce na Rua Rodrigues Faria cerca das 05:30”, disse à Lusa Davide Amado.
De acordo com o presidente da junta, apenas uma das pessoas retiradas foi transportada ao hospital por precaução.
“Estive agora a falar com os bombeiros que a acompanharam e está bem. Foi apenas por precaução”, disse.