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Consumidores esperam mais descontos nos bens essenciais

A inflação está a alterar as exigências e o comportamento dos consumidores, revela novo estudo

Link To Leaders
25 jan, 11:10
Compras Foto by Pexels Kampus Production
Compras Foto by Pexels Kampus Production

Ao longo do último ano, as preocupações dos consumidores com o aumento do custo de vida diminuíram ligeiramente e agora apenas 43% estão preocupados com uma possível deterioração das suas finanças pessoais nos próximos meses, percentagem que há um ano andava nos 80%. Estas são duas das muitas constatações do estudo realizado anualmente pela Capgemini sobre as tendências do consumo.

O  estudo “What Matters to Today’s Consumer” (feito entre outubro e novembro de 2023, com 11 681 consumidores, com mais de 18 anos, em 11 países da América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico) revela como as contínuas pressões provocadas pela inflação estão a alterar as exigências dos consumidores face aos distribuidores do retalho, os seus hábitos de consumo e os canais de distribuição que preferem. Constata que mais de metade dos consumidores que recorrem à IA generativa para fazer compras já agiram de acordo com as recomendações de produtos feitas por estas ferramentas. Aliás, evidencia que a IA generativa pode ajudar a melhorar os níveis de eficiência operacional dos distribuidores no retalho, bem como a experiência do cliente.

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Outras das conclusões do estudo referem que os consumidores querem que os distribuidores disponibilizem produtos de primeira necessidade a preços mais acessíveis. E 70% querem que estes produtos sejam ainda mais baratos. Além disso, 73% dos inquiridos afirmaram que serão mais leais às empresas que os ajudarem a atravessar este momento difícil, reduzindo a pressão financeira a que estão sujeitos, e quase a mesma percentagem declarou que compraria mais produtos/serviços a essas empresas no futuro. Paralelamente, 65% dos consumidores querem que os distribuidores os avisem quando as marcas reduzem o peso ou a qualidade de um produto e mantém o mesmo preço.

O estudo também sublinha que 72% dos consumidores estão mais conscientes do potencial da IA generativa nas suas compras, e um quinto já usou a IA generativa durante as suas compras. Destes, mais de metade diz que as ferramentas de IA generativa contribuíram para melhorar significativamente a sua experiência. Todavia quase dois terços dos consumidores estão preocupados com o facto de a IA generativa poder produzir testemunhos ou/e avaliações falsas ou fraudulentas.

Por seu turno, a IA generativa também pode melhorar a eficiência operacional dos distribuidores, com 8 em cada 10 empresas da grande distribuição a afirmaram que o uso da IA generativa pode ajudar a melhorar as suas operações internas e a manter as suas instalações. A par destas vertentes, estas empresas também planeiam usar a IA generativa nas suas funções logísticas – otimização das rotas, gestão das operações e otimização da cadeia de abastecimento.

Acresce a estes insights da Capgemini que os consumidores também procuram os conselhos dos influencers quando compram nas redes sociais pelo facto de estes explicarem claramente todos os fatores a ter em conta antes de fazer uma compra, além de facilitarem o acesso a descontos e ofertas.

O “What Matters to Today’s Consumer” salienta ainda que os “novos” consumidores querem ter acesso a mais informações sobre a sustentabilidade de um produto antes de tomarem uma decisão de compra e que mais de metade dos consumidores não confia nas alegações de sustentabilidade feitas pelas empresas/marcas. 63% dos consumidores querem que as marcas desempenhem um papel ativo na educação sobre a sustentabilidade dos produtos. Quase metade dos inquiridos é a favor da inclusão de rótulos detalhados e de QR Codes nas embalagens que forneçam informações sobre a pegada de carbono, consumo de água e reciclabilidade dos produtos.

Este artigo foi escrito no âmbito da colaboração com o Link to Leaders

 

 

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