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Da rã-verde ao sapo-de-unha-negra: as 7 espécies de anfíbios que existem no Porto

Um projeto da Câmara do Porto e de um centro de investigação identificou sete espécies de anfíbios nas massas de água do concelho

Agência Lusa
24 out 2023, 16:05
Porto Foto Jack Krier, Unsplash
Porto Foto Jack Krier, Unsplash

Um projeto da Câmara do Porto e de um centro de investigação identificou sete espécies de anfíbios nas massas de água do concelho, e as equipas da manutenção dos espaços verdes estão a receber formação de conservação da biodiversidade.

Numa publicação na sua página oficial, a Câmara do Porto esclarece hoje que deu início, há seis meses, ao projeto de Monitorização e Restauro das Zonas Húmidas (MoRe), promovido pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e financiado pela Fundação Belmiro de Azevedo.

No âmbito deste projeto, foram inventariadas 178 massas de água do concelho do Porto, sendo que em 90 destes espaços foi registada a presença de plantas aquáticas macrófitas, em 63 de macroinvertebrados aquáticos e em 71 a presença de anfíbios.

De acordo com o município, foram identificadas sete espécies de anfíbios no Porto, sendo a mais comum a rã-verde.

O sapo-de-unha-negra e a rã-de-focinho-pontiagudo foram as espécies mais raras encontradas nas áreas verdes da cidade, estando a primeira presente num único local e a segunda em dois.

Nestes seis meses foram também identificadas e mapeadas as ameaças às massas de água, "incluindo a recente chegada do lagostim-vermelho-da-Louisiana ao Parque da Cidade do Porto", espécie invasora e omnívora que causa danos ecológicos e económicos.

Sob o lema "conhecer para proteger", o município está a formar as equipas responsáveis pela manutenção dos espaços verdes da cidade, com ações de formação que decorrem entre o Parque da Cidade e o Viveiro Municipal.

Nestas ações participaram, até ao momento, cerca de 50 trabalhadores que ficaram a conhecer a diversidade dos seres vivos que habitam nos charcos e tanques da cidade, e que aprenderam a executar as técnicas de manutenção e gestão mais adequadas, "de forma a contribuir para a sua boa qualidade ambiental e conservação da biodiversidade associada".

Neste momento, o centro da Universidade do Porto está a proceder à análise molecular de macroinvertebrados aquáticos, enquanto continua com a amostragem em algumas massas de água e o inventário da biodiversidades destes espaços.

O projeto MoRe tem ainda como objetivos o mapeamento e caracterização das Zonas Húmidas, a reparação e criação de novas massas de água, "restaurando a biodiversidade e otimizando os serviços de ecossistema".

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