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O que deve ter em conta antes de pedir um crédito pessoal?

Saiba o que deve ter em conta antes de contratar um crédito pessoal e como pode saber qual a proposta mais vantajosa.

Doutor Finanças
25 set 2023, 16:42
Crédito pessoal Foto: Scott Graham, Unsplash
Crédito pessoal Foto: Scott Graham, Unsplash

Se está a pensar pedir um crédito pessoal, provavelmente precisa de um financiamento para pagar uma compra de valor elevado ou uma despesa inesperada. Contudo, antes de pedir esse crédito, há alguns fatores a ter em conta. Conheça os principais neste artigo.

Antes de pedir um crédito pessoal, reflita se a compra pode ser feita através de uma poupança

Embora em muitos casos um crédito pessoal sirva para garantir a liquidez financeira numa compra de valor mais elevado, não se esqueça que estamos a falar de um financiamento, que implica o pagamento de juros, comissões, entre outros encargos. Assim, antes de dar este passo, pondere se precisa mesmo deste valor de forma imediata ou se é mais benéfico fazer uma poupança para o objetivo que pretende, mesmo que leve mais tempo a alcançá-lo.

Atenção à estabilidade do seu orçamento e à sua taxa de esforço

Antes de pedir um crédito pessoal, analise o peso que este empréstimo vai ter no seu orçamento familiar. Esta análise pode ser feita através do cálculo da sua taxa de esforço, sendo que para obter a percentagem certa, basta dividir o total das suas prestações de crédito pelo rendimento líquido do seu agregado e multiplicar esse valor por 100%.

Se a sua taxa de esforço for inferior a 30%, o valor máximo recomendado para contratar um crédito habitação, isto significa que o peso de um novo empréstimo não é muito elevado. Caso tenha mais do que um crédito, saiba que a sua taxa de esforço não pode ultrapassar os 50%. A partir desse valor, nenhum banco pode conceder-lhe um novo empréstimo.

Peça várias propostas e leia com calma todas as condições do financiamento

Antes de aceitar um crédito pessoal, leia com atenção a FIN (Ficha de Informação Normalizada), para conhecer todas as suas obrigações contratuais, taxas, encargos, MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor), prazo, condições de reembolso, garantias, condições de reembolso antecipado, entre outros dados.

Na hora de comparar propostas, não olhe só para a prestação mensal que vai pagar. Para ter noção de qual é o crédito pessoal mais barato, deve colocar o seu foco na TAEG, que é a taxa anual de encargos efetiva global, e abrange o valor financiado, juros, comissões, impostos, prémios de seguros e outros encargos.

Esta taxa revela o custo anual do empréstimo para o cliente, em percentagem do montante emprestado. Já o MTIC revela o custo total em euros com o seu crédito durante a vigência do seu contrato. A proposta que tiver a TAEG e o MTIC mais baixo representa o crédito pessoal mais barato no final do contrato.

Confirme se a entidade está autorizada a conceder-lhe o seu crédito

Embora existam mais alguns cuidados a ter na contratação de um crédito pessoal, destacamos como último ponto a necessidade de garantir que a entidade que vai conceder-lhe o seu crédito faz parte da lista de instituições registados no Banco de Portugal. Caso a mesma não se encontre nesta lista, não forneça nenhum tipo de informação pessoal.

Tenha também especial atenção às promessas de financiamentos rápidos e descomplicados que aparecem em publicidades online. Afinal, o que não faltam são burlas em nome de outras entidades que usam a imagem de instituições financeiras de confiança. E, neste ponto, deve confirmar o domínio do site, contactos, informações e dados apresentados.

Por último, não aceite um crédito pessoal que peça como garantia os seus bens móveis ou imóveis. Este tipo de burla é comum, e pode ser facilmente detetada devido às suas promessas de dinheiro rápido em troca de um bem. Este tipo de financiamento, por norma, é feito por particulares, e tem como risco ficar numa situação financeira ainda mais complexa e sem o seu património.

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