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Está desempregado e precisa de reduzir encargos? Saiba por onde começar

Perante uma quebra de rendimentos, é essencial que diminua os seus gastos, para não comprometer as suas finanças. Conheça algumas estratégias que pode adotar.  

Doutor Finanças
23 jan, 10:55
Fazer contas Foto: Towfiqu Barbhuiya/Unsplash
Fazer contas Foto: Towfiqu Barbhuiya/Unsplash

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Se ficou desempregado de forma involuntária, o mais provável é que esteja a receber o subsídio de desemprego atribuído pela Segurança Social.

No entanto, para quem já tem vários encargos fixos, este subsídio pode não cobrir todas as despesas. Na maioria dos casos, o subsídio de desemprego equivale a 65% dos rendimentos que tinha anteriormente. Logo, é natural que precise de reduzir certos encargos para não comprometer as suas finanças pessoais.

Se estiver nesta situação, fique a conhecer que encargos pode reduzir e por onde deve começar.

Comece por confirmar se tem um seguro com a cobertura de desemprego

Se contratou algum seguro por causa de um crédito, o primeiro passo que deve dar é confirmar se tem uma cobertura de desemprego. Se tiver, esta pode assegurar as mensalidades de um financiamento que tem durante um determinado período ou garantir-lhe os seus rendimentos perante uma situação de desemprego involuntário. O que, na prática, pode ajudá-lo a reduzir os seus encargos e a organizar as suas finanças até encontrar um novo emprego.

Assim, se ficou desempregado, olhe bem para as suas apólices e confirme as coberturas que tem. Caso tenha uma cobertura de desemprego deve acioná-la para não perder a oportunidade de poupar ou de aumentar os seus rendimentos nesta fase. Contudo, antes de dar este passo, confirme as condições para acionar esta cobertura, olhe bem para o período de carência, os meses de trabalho efetivo que precisa de ter, etc.

Corte nos gastos não essenciais

Mesmo que tenha uma almofada financeira que o ajude a lidar com uma situação de desemprego, tenha em conta que esta é uma fase onde os gastos não essenciais devem ser revistos. Almoçar e jantar fora frequentemente, manter subscrições que raramente utiliza ou fazer compras que não precisa são tudo hábitos que deve repensar.

Ao mesmo tempo, adote boas práticas de consumo, como fazer uma lista de compras quando vai ao supermercado, analisar os seus contratos de eletricidade, gás natural e telecomunicações e procurar soluções mais vantajosas, cancelar serviços e subscrições não essenciais e analisar a sua carteira de seguros, procurando melhores soluções no mercado.

Além disso, se tiver um carro, deve verificar semanalmente o posto de abastecimento onde os preços são mais baratos perto da sua residência, optar por atividades de lazer gratuitas e sempre que precisar de comprar algo, fazer uma comparação de preços antes de se dirigir a uma loja.

Lembre-se que pode renegociar o seu crédito habitação estando desempregado

Se está desempregado, pode entrar em contacto com a instituição financeira onde tem o seu crédito habitação e obter, temporariamente, condições mais vantajosas, que o ajudem a diminuir o risco de incumprimento. Neste contexto, em que o cliente toma uma atitude preventiva e antecipa eventuais dificuldades de cumprimento das suas obrigações, as instituições financeiras têm o dever de implementar um plano de ação para o risco de incumprimento, o PARI.

Ou seja, se avisar o seu banco que, dada a sua situação de desemprego, pode não conseguir pagar as suas prestações de crédito, este deve avaliar a sua capacidade financeira atual e apresentar-lhe uma proposta no prazo de 15 dias. Esta proposta pode proporcionar-lhe:

  • Uma redução da taxa de juro durante um determinado período,
  • A fixação de um período de carência do reembolso do capital ou reembolso do capital e do pagamento dos juros;
  • Diferimento de parte do capital para uma prestação numa data futura;
  • E/ou o alargamento do prazo de amortização do contrato.

É importante referir que, durante este período, o banco não pode cobrar-lhe comissões nem agravar a sua taxa de juro se a renegociação for feita no âmbito do PARI. Mas saiba que todo o processo vai ser avaliado frequentemente até ter a sua situação financeira estabilizada.

Faça um novo orçamento familiar

Dado que os seus rendimentos sofreram uma quebra e pode ter reduzido alguns encargos, é essencial que faça um novo orçamento familiar para controlar as suas finanças pessoais. Em termos de rendimentos, este novo orçamento deve contemplar o subsídio de desemprego, valor de um seguro de desemprego e/ou prestações sociais.

De seguida, faça um levantamento de todas as suas despesas essenciais. Nesta área entram os encargos com casa (crédito habitação ou renda), créditos, alimentação, saúde, contratos de serviços essenciais, despesas de educação, transportes, seguros, entre outros gastos. Por fim, identifique os gastos não essenciais que mantém. Desta forma, consegue saber quanto dinheiro sobra ao final do mês e se precisa ou não de fazer mais ajustes ao seu orçamento.

 

 

 

 

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