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ONU assegura não haver minas na central de Zaporijia, na Ucrânia

Agência Nuclear da ONU analisou tetos da central e concluiu que não têm minas ou explosivos

Agência Lusa
4 ago 2023, 17:29
Central Nuclear Foto: Lukas Lehotsky, Unsplash
Central Nuclear Foto: Lukas Lehotsky, Unsplash

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) declarou hoje que "não observou qualquer mina ou explosivo" nos tetos da central nuclear de Zaporijia, na Ucrânia.

No início de julho, a Ucrânia tinha acusado Moscovo de estar a preparar uma iniciativa provocatória, alegando que "objetos semelhantes a artefactos explosivos tinham sido colocados" nos telhados em alguns reatores nucleares.

Em resposta, o Kremlin avisou sobre um possível "ato subversivo" ucraniano com "consequências catastróficas".

Na tarde de quinta-feira, a AIEA teve acesso desobstruído aos tetos da central, após repetidos pedidos às autoridades russas, e também pôde ver claramente os tetos das salas das turbinas, informou o diretor-geral da agência das Nações Unidas, Rafael Grossi.

Por outro lado, a AIEA ainda reclama poder ter acesso aos tetos das outras quatro unidades da central.

Confrontada com acusações mútuas de Kiev e Moscovo, a AIEA tinha exigido um melhor acesso para "verificar os factos no terreno", de forma "independente e objetiva".

A AIEA sublinhou a importância de ter acesso a todas as áreas, a fim de monitorizar o cumprimento integral da proteção do local durante o conflito armado.

“Reitero o meu apelo a todas as partes para que se abstenham de ações que possam provocar um acidente nuclear com possíveis consequências para a saúde pública e para o meio ambiente”, acrescentou Grossi.

Depois de ter caído nas mãos do Exército russo a 04 de março de 2022, a maior central elétrica da Europa foi alvo de um incêndio e teve a rede elétrica cortada por diversas vezes, uma situação precária que faz recear um acidente nuclear.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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