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"Finalmente!" Portuenses satisfeitos com reabertura da discoteca Eskada

"Já tinha saudades" ou "agora ninguém nos vai parar" são alguns dos comentários dos clientes do espaço noturno

Agência Lusa
24 out 2023, 10:38
IOL
24 out 2023, 10:38
Discoteca Imagem Freepik
Discoteca Imagem Freepik

O Ministério da Administração Interna (MAI) confirmou hoje à Lusa o levantamento da medida de encerramento da discoteca Eskada, no Porto, ocorrendo no seguimento de vistorias feitas pela PSP e pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Uma publicação na rede social Instagram informa que a discoteca Eskada irá reabrir no sábado, dia 28 de outubro, um mês depois de ter sido encerrada por ordem do MAI. Os seguidores da página congratulam-se com a notícia. "Finalmente!", "já tinha saudades" ou "agora ninguém nos vai parar" são alguns dos comentários dos clientes do espaço noturno:

Em resposta ao pedido de esclarecimento da Lusa, o MAI avança ter sido definido “o incremento do sistema de videovigilância, o reforço do número da componente de segurança privada, com a colocação de mais elementos e a nomeação de um diretor de segurança”.

Das medidas obrigatória faz também parte “a definição de um mecanismo de contacto célere entre os responsáveis do estabelecimento e a PSP”, assinala o ministério.

“Este mecanismo permitirá, por exemplo, a comunicação atempada dos eventos a ser efetuados naquele espaço bem como a identificar potenciais situações de risco e proceder à comunicação de qualquer ocorrência criminal no estabelecimento ou relacionada com a atividade do mesmo”, esclarece a nota de imprensa.

A empresa irá ainda “garantir ações de formação para com os elementos da empresa de segurança que presta serviços, em áreas como a gestão de conflitos”, lê-se ainda.

O MAI assinala ainda que na inspeção da ANEPC foi “declarada a conformidade das condições de segurança contra incêndios em edifícios, incluindo a manutenção de extintores, rede de incêndio armada e realização de ações de formação à equipa de segurança, entre outras”.

Sobre o horário de funcionamento e lotação prevista “o MAI remete para as competências próprias da Câmara Municipal do Porto”.

Ao início da tarde, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse esperar que o MAI acautele os direitos dos moradores na reabertura da discoteca com policiamento de proximidade.

"Espero que, no meio disto tudo, seja garantida a tranquilidade dos moradores e só pode ser feito através de policiamento de proximidade, uma vez que policiamento gratificado, o Ministério da Administração Interna (MAI) entende que não o deve ter", afirmou Rui Moreira, à margem da reunião privada do executivo.

Aos jornalistas, o autarca independente disse não ter sido informado da reabertura da discoteca, mas ter a certeza de que o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, "teve garantias suficientes relativamente às condições de segurança daquelas instalações".

Rui Moreira assegurou, no entanto, que a autarquia vai estar atenta se os direitos dos moradores são assegurados com a reabertura do espaço de diversão noturna, localizado na Rua da Alegria.

"Espero que esse assunto também tenha sido acautelado, mas tal como o encerramento não foi uma decisão nossa, também a reabertura não é", afirmou.

Questionado se a autarquia iria assegurar a fiscalização do horário de funcionamento do estabelecimento, Rui Moreira assegurou que sim, mas destacou que o problema do Eskada "não é sequer uma questão de horário".

"O problema que ali está é que há pessoas que não são admitidas no interior e que resolvem fazer a discoteca cá fora e há pessoas que, quando aquilo acaba, resolvem continuar a discoteca cá fora", referiu.

Em 25 de setembro, fonte oficial do MAI confirmou à Lusa que a discoteca Eskada tinha recebido ordem de fecho por um período máximo de seis meses, após um relatório da PSP e comunicações da Câmara Municipal.

Em causa, segundo fonte oficial do MAI, estava a avaliação, pela Câmara do Porto, da lotação máxima do espaço, bem como um pedido feito à ANEPC para que clarificasse questões relacionadas com saídas de emergência e bocas de incêndio.

Num comunicado enviado à Lusa no mesmo dia, a gerência do grupo Eskada disse discordar da decisão do MAI, considerando que a mesma empobrecia o turismo e colocava em risco dezenas de postos de trabalho.

A discoteca poderia reabrir se tomadas as medidas de segurança necessárias para reverter a ordem de encerramento.

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