A fobia é um medo irracional tão intenso que limita e condiciona. É a intensidade e a capacidade fazer paralisar quem sofre deste tipo de medo que faz dele uma fobia e não um receio normal. De acordo com a revista espanhola ‘Qué!’ há uma fobia inusitada que é mais prevalente do que se imagina. Trata-se da hialofobia, um medo intenso e irracional do vidro ou cristal, que acarreta muitas limitações e sofrimento para quem sofre com ele.
Esta aversão ao vidro pode surgir de experiências traumáticas relacionadas com cortes ou acidentes com vidro, mas podemos nem sequer saber a origem da fobia. Além disso, a hialofobia pode estar enraizada a um medo subjacente da fragilidade e da transparência que o vidro representa, desencadeando ansiedade constante sobre a possibilidade de se partir e fantasiando sobre as consequências de isso acontecer.
As pessoas que sofrem de hialofobia frequentemente evitam ativamente locais ou situações onde o vidro está presente, evitam janelas, recusam bebidas em copos de vidro e muitas até fogem de dispositivos eletrónicos com ecrãs de vidro, explica a revista espanhola. A mera proximidade destes objetos pode desencadear respostas de ansiedade, que variam de nervosismo e sudorese a ataques de pânico.
Embora a hialofobia seja menos conhecida em comparação com outras fobias, a sua prevalência não é insignificante, refere o mesmo artigo da ‘Qué!’. As estatísticas sobre fobias específicas revelam que uma parcela significativa da população mundial enfrenta algum tipo de medo irracional e a hialofobia, muitas vezes pouco reportada devido ao estigma associado ou à falta de reconhecimento, afeta uma pequena, mas considerável, parte da população.
Felizmente, há abordagens terapêuticas para enfrentar a hialofobia, assim como outras fobias, de que é exemplo a terapia cognitivo-comportamental. Estas estratégias visam desafiar pensamentos irracionais, reduzir a ansiedade e permitir que a pessoa supere o medo do vidro, proporcionando uma vida mais plena e sem limitações.