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Cientistas descobrem um novo superpoder do azeite virgem extra para o nosso organismo

O azeite é já conhecido como uma gordura saudável, mas investigadores descobriram mais um incrível benefício

IOL
16 fev, 12:42
azeite
azeite

O azeite virgem extra tem a capacidade de regular as funções das bactérias intestinais e, mais do que tudo, estabelece um equilíbrio entre estirpes intimamente relacionadas destas bactérias, reduzindo a resistência aos antibióticos e a produção de compostos tóxicos durante a digestão, concluiu um estudo das universidades espanholas de Jaén e Granada, citado pela fundação Descobre, agência espanhola de notícias científicas, financiada pelo Departamento de Universidade, Investigação e Inovação do Governo da Andaluzia.

O estudo 'Modulação da microbiota intestinal ao nível das estirpes pelos polifenóis do azeite na dieta', publicado na revista Frontiers in Nutrition, analisou a resposta genética e o funcionamento de 75 estirpes de enterococcus a diferentes gorduras.

Natalia Andújar, autora do artigo e investigadora da Universidade de Jaén, destacou o papel prebiótico do azeite virgem extra na regulação da microbiota intestinal. “O descrição minuciosa de cada estirpe a nível genético com base na dieta permite estabelecer medidas para promover a proliferação de algumas bactérias ou a redução de outras, dependendo se são benéficas ou não para o organismo”, explicou.

Os enterococos são bactérias intestinais com elevada capacidade de sobrevivência, utilizadas como probióticos e em fermentações de alimentos. No entanto, algumas estirpes podem causar infeções graves. O estudo procurou identificar fatores de toxicidade em cada estirpe, a sua capacidade de proliferação e a produção de compostos orgânicos tóxicos, as aminas biogénicas.

As conclusões do estudo vêm agora comprovar que as estirpes ‘alimentadas’ com azeite apresentaram menor resistência a antibióticos, menor capacidade de proliferação e não produziram aminas biogénicas.

A investigação isolou 75 estirpes de enterococos das fezes de ratinhos alimentados com diferentes dietas, que incluíam manteiga, azeite refinado e azeite virgem extra.

Os resultados indicam diferenças significativas entre outras gorduras e o azeite virgem extra. As bactérias em dietas com outras gorduras podem não responder a tratamentos, aumentando o risco de infeções.

Os cientistas continuam a investigação para entender como a dieta modula a microbiota intestinal, visando construir um mapa completo das bactérias, definindo seus perfis genéticos e compreendendo seu funcionamento no organismo.

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