A Google está a ser processada pela família de um homem que morreu depois de seguir as indicações do Google Maps e ter ido para uma ponte colapsada, tenho acabado por cair para a sua morte. Foi em 2022 que a tragédia aconteceu e o processo avançou agora.
Era já de noite e chovia quando Philip Paxson saiu do aniversário de nove anos da filha. A ir para casa, o homem de 47 anos estava a seguir o sistema de navegação da Google quando este indicou que ele deveria ir por uma ponte que já tinha colapsado há perto de 10 anos, em 2013.
Esta não estava marcada ou barricada, e o homem acabou por conduzir pela lateral, caindo no rio e morrendo afogado.
O processo que foi agora movido, e que inclui também a empresa-mãe da Google, a Alphabet, e outras duas empresas locais responsáveis por marcar a ponte e fazer a manutenção, indica que moradores da zona já tinham avisado o Google Maps de que estava a mandar os condutores na direção da ponte.
“Durante anos, os moradores pediram para que a estrada fosse arranjada ou que fosse corretamente barricada para evitar que alguém se magoasse ou morresse. Os seus pedidos ficaram sem resposta”, escreve o advogado da família, Robert Zimmerman, em comunicado, citado pela CNN internacional. “Descobrimos que durante anos, o Google Maps direcionou de forma errada motoristas como o Sr. Paxson para esta estrada em ruínas, apesar de ter recebido reclamações do público a pedir que a Google corrigisse o mapa e que marcasse a estrada como fechada.”
O processo inclui um relatório feito por uma mulher a pedir ao Google Maps que atualizasse o sistema de navegação.
Philip era pai de duas meninas, de 9 e 7 anos, e era casado com Alicia. Em comunicado, a sua mulher referiu que a família quer que a sua voz seja ouvida. “As minhas filhas passaram o seu primeiro Dia do Pai sem o pai. Elas deviam ter estado a celebrar e a passar tempo com Philip, que dedicou a sua vida à família. Em vez disso, tiveram de se sentar na mesa de jantar e ver uma cadeira vazia”, refere Alicia no comunicado, citado pela CNN internacional.
A Google já lançou um comunicado em que dá as condolências à família Paxson e explica que está a rever o processo agora movido.
De acordo com o The Guardian, a morte de Philip Paxson não é a primeira associada a um sistema de navegação. Em 2020, um motorista russo de 18 anos morreu congelado depois de ter seguido a rota dada pelo Google Maps e ter ficado preso no seu veículo por uma semana. Em 2019, um condutor de camião caiu de uma ravina em Jacarta, na Indonésia, a seguir o GPS da Google.