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A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem um avatar para responder a questões de saúde designado Smart AI Resource Assistant for Health, ou Sarah, e é uma promotora digital de saúde, capacitada para dar dicas de sobre como eliminar o stress, comer bem ou outras informações sobre diversas outras áreas da saúde. Aliás, tabaco e cigarros eletrónicos, saúde mental, alimentação saudável e atividade física são algumas das áreas de especialização deste avatar que se apresenta, por enquanto, em oito línguas, português incluído, quer através de vídeo quer de texto. Basta aceder à plataforma.
A tecnologia não é nova e são várias as instituições privadas que recorrem a assistentes virtuais para prestar informação médica. Por isso, sinal dos tempos em que as pessoas cada vez mais consultam a internet para encontrar explicação para sintomas e tratamentos, também a OMS tenta desta forma, com recurso à inteligência artificial, dar resposta às cada vez mais frequentes solicitações da população mundial e ser uma alternativa aos habituais motores de pesquisa. O seu chat de saúde de inteligência artificial Sarah (que começou a dar os primeiros passos durante a pandemia com outra designação), surge agora com um novo modelo de linguagem e tecnologia, com Sarah a responder a perguntas muito gerais, com o mínimo de empatia, sempre com a recomendação final para o utilizador consultar um médico.
O projeto da OMS foi criado pela Soul Machines, com o apoio da Rooftop e, embora não seja possível aceder a imagens, requer o acesso ao microfone e à câmara “para melhorar a experiência de conversação”. A OMS garante que “todos os dados recolhidos são anonimizados e cumprem as práticas e regulamentos de privacidade atuais”.
O projeto da OMS apresenta ainda algumas limitações que a organização está a tentar ultrapassar, para não perder o comboio da inteligência artificial. Como afirmou em comunicado Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, “o futuro da saúde é digital e apoiar os países para aproveitarem o poder das tecnologias digitais para a saúde é uma prioridade”. Referiu ainda que o projeto Sarah dá uma ideia de como a inteligência artificial poderá ser utilizada no futuro para melhorar o acesso à informação de saúde de uma forma mais interativa”.
Reconhecendo as deficiências do projeto Smart AI Resource Assistant for Health, o responsável da OMS espera contar com o apoio da comunidade de investigação para continuar a explorar esta tecnologia e poder reduzir as desigualdades e ajudar as pessoas a aceder a informação de saúde atualizada e fiável”.
Este artigo foi escrito no âmbito da colaboração com o Link to Leaders