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É este o alimento que faz com que pessoas vivam até aos 100 anos?

Os cientistas estudaram as populações que vivem mais tempo no mundo. E concluíram que todas têm em comum este alimento

Andreia Vital
8 abr, 15:23

São pequenos, nutritivos e saciantes. Além disso, são vegan e, por isso, bons para o planeta. Falamos das leguminosas. Como é que o feijão, as ervilhas, as lentilhas ou o grão-de-bico nos podem ajudar a viver mais tempo? A edição norte-americana da CNN debruçou-se sobre o tema e falou com especialistas que investigaram durante décadas as chamadas “zonas azuis”, populações únicas em todo o mundo onde as pessoas vivem vidas longas e saudáveis, até e para lá dos 100 anos.

"Em todas as zonas azuis que visitei, o feijão e outras leguminosas eram - e ainda são - uma componente importante da dieta diária", explicou Dan Buettner, responsável pelo projeto 'Zonas Azuis', à CNN.  

Os residentes destas áreas partilham um ambiente e um estilo de vida comum - incluindo uma dieta à base de plantas - que os cientistas acreditam contribuir para a sua longevidade. As zonas azuis situam-se em Icaria, na Grécia, Okinawa, no Japão, Nicoya, na Costa Rica, Loma Linda, nos Estados Unidos e Sardenha, em Itália.

Na Sardenha, onde foi estudado um dos primeiros grupos de centenários, o grão-de-bico e a fava são as leguminosas de eleição, conta Buettner. O grão é um dos principais ingredientes de uma sopa que é normalmente consumida em mais de uma refeição, permitindo aos residentes desta região italiana obterem os benefícios das leguminosas pelo menos duas vezes por dia.

O interesse em todo o mundo pelos alimentos das zonas azuis aumentou à medida que mais pessoas procuram formas naturais de melhorar a sua saúde e prolongar as suas vidas. E as leguminosas, com a sua riqueza em nutrientes e benefícios para a saúde, estão a ganhar destaque. Como resultado, muitas pessoas estão a incorporar mais leguminosas na sua dieta como parte de um estilo de vida saudável e sustentável.

Além de serem benéficos para a saúde, as leguminosas também são uma opção acessível. Estudos comprovam os benefícios para a saúde dos gãos, corroborando o que as pessoas nas zonas azuis já sabem há muito tempo, afirmou Dan Buettner à CNN.

A fibra solúvel nas leguminosas pode reduzir o colesterol e ajudar a prevenir a diabetes tipo 2, estabilizando o açúcar no sangue. Um estudo de 2001, citado pela CNN, concluiu que comer grãos quatro vezes por semana reduz a doença cardíaca em 22%.

Além de todos estes benefícios, o feijão e os seus semelhantes são geralmente acessíveis para comprar e até podem ser cultivados em casa em diversos tipos de solos, tornando-os o alimento perfeito para ajudar populações economicamente desfavorecidas a viver mais tempo, explicou o autor. "A maioria do meu trabalho diário nos últimos 13 anos tem sido trabalhar com cidades para ajudar a reduzir a obesidade", explicou.

"Ouço várias vezes as famílias americanas dizerem que não conseguem pagar para alimentar as famílias com alimentos saudáveis", refere. "Isso é verdade, infelizmente, quando se trata de alimentos orgânicos e frescos, mas explico-lhes que conseguem fazê-lo, tornando as leguminosas e os cereais integrais compo base de muitas refeições”, disse ainda à CNN.

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