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Beber café em jejum faz mal ao estômago? A resposta pode surpreender

Saiba o que dizem os especialistas sobre este hábito

IOL
3 mai, 11:59

"O estômago pode enfrentar uma variedade de irritantes, incluindo o café", referiu Kim Barrett, da Universidade da Califórnia e membro da Associação Americana de Gastroenterologia. Porém, "o estômago tem várias formas de se proteger", esclarece, sublinhando a existência de uma camada espessa de muco que funciona como um escudo protetor entre o revestimento do estômago e os alimentos ingeridos.

Segundo a mesma especialista, em esclarecimentos ao The New York Times, seria necessário o consumo de uma substância extremamente agressiva para comprometer as defesas do estômago, uma vez que este está constantemente exposto a um ambiente desfavorável e prejudicial.

Ainda assim, substâncias irritantes como álcool, fumo de tabaco e anti-inflamatórios como o ibuprofeno, podem prejudicar os mecanismos naturais de defesa do estômago e causar danos ao seu revestimento. Existe, aliás, uma especiaria que ajuda a proteger o estômago e da qual falamos aqui.

O jornal norte-americano refere um estudo de 2013, realizado com mais de 8 mil pessoas no Japão, que não encontrou uma associação significativa entre o consumo de café e a formação de úlceras no estômago ou intestino, mesmo entre aqueles que bebiam três a quatro chávenas por dia.

Os especialistas concluem que o café, mesmo na sua forma concentrada, provavelmente não causa danos diretos ao estômago. No entanto, pode aumentar a produção de ácido, levando, em algumas pessoas, ao desconforto da azia. Esse efeito pode ser atenuado quando o café é ingerido com alimentos.

Já no que diz respeito aos intestinos, o café tem um efeito conhecido de acelerar o trânsito intestinal, o que muitos já constataram empiricamente. Além disso, é sabido que a cafeína presente no café pode aumentar temporariamente a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Byron Cryer, diretor de medicina interna do Baylor University Medical Center, em Dallas, nos Estados Unidos, destaca que "há muito mais evidências dos benefícios do café do que dos malefícios".

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