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Beber descafeinado é seguro? Há um químico que preocupa os especialistas

Um dos processos usados para retirar a cafeína dos grãos preocupa especialistas

Adriana Gomes
15 abr, 15:31

Para quem está a tentar reduzir a quantidade de cafeína consumida por dia, o descafeinado parece ser uma boa opção. O sabor é semelhante e ajuda a tirar a vontade do café. No entanto, parece que o descafeinado pode ter um químico muito pouco saudável que preocupa especialistas.

Há vários processos para se retirar a cafeína dos grãos de café. No entanto, um dos mais utilizados usa cloreto de metileno, um químico usado para diversos processos industriais, como retirar tinta ou limpar e desengordurar metais.

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e pela Organização Mundial de Saúde, o cloreto de metileno é conhecido como cancerígeno, explicou à CNN internacional Maria Doa, do grupo Fundo de Defesa Ambiental. Além disso, Maria Doa explica que tem outros riscos para a saúde, sendo tóxico para o fígado e podendo ter efeitos a nível neurológico. De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, estes riscos apenas existem no caso de contato externo com grandes quantidades do químico ou através da sua ingestão.

Nos Estados Unidos, foi apresentada uma petição à Food and Drug Administration (FDA) para banir a utilização de cloreto de metileno para tirar a cafeína dos grãos de café. Esta ainda está a ser analisada.

O que se sabe sobre cloreto de metileno

Nos Estados Unidos, não pode ser detetado mais de 10 partes de cloreto de metileno por milhão no descafeinado, ou seja, a presença tem de ser inferior a 0,001%.

À CNN internacional, a nutricionista Monique Richard explicou que ainda não há investigação sobre se a ingestão de níveis residuais do químico no descafeinado pode causar cancro ou outros problemas.

Também nos Estados Unidos, o projeto Clean Label testou descafeinado de 17 marcas para procurar cloreto de metileno, tendo detetado o químico em sete. Todas elas tinham quantidades abaixo do limite da FDA de 10 partes por milhão.

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